Atenção nutricional para obesidade em Unidades Básicas de Saúde
Resumo
Introdução: A atenção nutricional compreende os cuidados relativos à alimentação e nutrição a serem desenvolvidos a partir da atenção básica em saúde. Objetivo: Descrever a organização da atenção nutricional para a prevenção e o controle da obesidade em unidades básicas de saúde. Material e Método: Pesquisa descritiva transversal, como dados primários, obtidos por formulário semiestruturado junto a profissionais da Estratégia de Saúde da Família e da gestão de saúde local. As condutas éticas previstas na Resolução CNS n. 466/2012 foram adotadas. Resultados: Foram identificados 41 técnicos envolvidos na atenção nutricional para a obesidade. Os equipamentos e materiais antropométricos mais referenciados foram: fita métrica (80%) e balança plataforma para adultos e crianças (77,5% cada), com quantidade e qualidade consideradas boas. O mobiliário disponível à assistência aos obesos eram cadeiras (90%) e macas (87,5%). A avaliação do consumo alimentar e a orientação alimentar eram realizadas por 65% e 80%, respectivamente. Subsidia a orientação alimentar a pirâmide (40%) e o (37, %). O referenciamento do obeso é para o nutricionista (97,5%). Para o controle e o tratamento da obesidade, foram apontados: NASF (100%) e academia de saúde (80%), mais nutricionistas (65%) e caminhadas (42,5%). Conclusão: O estudo permitiu identificar que a atenção nutricional para a obesidade na atenção básica merece maior cuidado da gestão de saúde local, com planejamento, apoio de infraestrutura, pessoal e monitoramento dos indicadores, de forma a contribuir com a integralidade da atenção à saúde dos obesos.
Referências
-Boog, M. C. F. Atuação do nutricionista em saúde publicação na promoção da alimentação saudável. Revista Ciência & Saúde. Alegre. Vol. 1. Num. 1. 2008. p. 33-42.
-Cardoso, V. M. B. Intervenção ergonômica. In: Moraes, A., Frisoni, B. C. (Org.) Ergodesign: produtos e processos. Rio de Janeiro: 2AB Editora, 2001.
-Ferreira, A. A Antopometria aplicada à saúde ao desempenho esportivo: uma abordagem a partir da metodologia Isak. Ciênc. Saúde coletiva. Rio de Janeiro. Vol. 20. Num. 5. 2015.
-Lucio, C. C; Paschoarelli, L. C. Usabilidade e acessibilidade de equipamentos médico-hospitalares: um estudo de caso com pacientes obesos. Design e ergonomia: aspectos tecnológicos [online]. São Paulo: Editora UNESP. São Paulo: Cultura Acadêmica. 2009. 279 p.
-Mancuso, A.M.C.; Tonacio, L.V.; Silva. E.R.; Vieira, VL.A. Atuação do Nutricionista na Atenção Básica a Saúde em grande Centro Urbano. Ciência & Saúde Coletiva [online]. Rio de Janeiro. Vol. 17. Num. 12. 2012.
-Melo, A. P. F.; Salles, R.K.; Vieira, F.G.K.; Ferreira, M.G. Métodos de estimativa de peso corporal e altura em adultos hospitalizados: uma análise comparativa. Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano. Florianópolis-SC. Vol. 16. Num. 4. 2014. p. 475-484.
-Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria N.154, de 24 de Janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família -NASF. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 152p.: il. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Básica, n. 27.
-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 1. ed., 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: obesidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2014b. 212 p.: il. Cadernos de Atenção Básica, n. 38.
-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério daSaúde.2014a. 156 p.: il.
-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para avaliação de marcadores de consumo alimentar na atenção básica. 1. ed; Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
-Ministério da Saúde. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). 2017. Disponível em: <http://dabsistemas.saude.gov.br/sistemas/sisvanV2/> acesso em: 15 out 2018.
-Oliveira, A.P.S.; Santos, W.L. O conhecimento do enfermeiro sobre a obesidade revisão de literatura. Revista Cientifica Sena Aires. Goiás-GO. Vol. 7. Num. 2. 2018. p. 141-147.
-Pinheiro, A.R.O.; Freitas, S.F.T.; Corso, A.C.T. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista Nutri. Campinas. Vol.17. Num. 4. 2004. p. 523-535.
-Recine,E.; Vasconcellos, A.B. Políticas nacionais e o campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: cenário atual. Ciência& Saúde Coletiva. Vol. 16. 2011. p. 73-79.
-Secretaria de Saúde do Estado do Piauí. Situação epidemiológica da obesidade no Piauí: 2006 –2016. Boletim de informação em saúde -Bisano I -número I1 –Publicação. 2017.
-Schneider, B. S; Motta, J.V.S; Muniz, L.C; Bielemann, R.M; Madruga, S.W; Orlandi, S.P; Gigante, D.P; Assunção, M.C.F. Desenho de um questionário de frequência alimentar digital autoaplicado para avaliar o consumo alimentar de adolescentes e adultos jovens: coortes de nascimentos de Pelotas, São Paulo. Revista Brasileira epidemiologia. Vol.19. Num. 2. 2016.
-Tavares, H.C.; Pereira, P.A.; Parente, J.S.; Ramos, J.L.S.; Marques, A.A.; Oliveira, M.L.B.; Bezerra, I.M.P. A importância da inserção do nutricionista na unidade básica de saúde: percepção dos profissionais de saúde. Rev. e-ciênc. Vol .4. Num. 1. 2016. p. 89-98.
-Wayhs, M. C. Rastreamento das complicações da obesidade. Rev. Med. Minas Gerais. Vol. 2. Num. 3. Supl. 1. 2011. p. S1-S144.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).