Prevalência de fatores antropométricos e bioquímicos sobre o estado nutricional de adolescentes

Resumo

Introdução e objetivo: Atualmente vivemos uma transição nutricional caracterizada pelo aumento de casos de excesso de peso. Nesse aspecto, uma atuação interdisciplinar pode auxiliar na escolha de ações adequadas para a melhoria da qualidade de vida dos indiví­duos. O objetivo do estudo foi avaliar o risco relativo de variáveis socioeconômicas, antropométricas e bioquì­micas sobre o estado nutricional de adolescentes. Materiais e métodos: Participaram da pesquisa 554 adolescentes de ambos os gêneros, com idades entre 10 e 18 anos. Peso, altura e circunferência da cintura (CC) foram aferidos para posteriormente realizar os cálculos do Índice de Massa Corporal (IMC), a Razão Cintura Estatura (RCE) e o percentual de gordura corporal (% GC). Ocorreu também a mensuração da pressão arterial (PA) e coleta sanguí­nea para determinação do colesterol total, High-density lipoprotein (HDL) e Low-density lipoprotein (LDL), trigilicerí­deos (TG) e glicose. Além da análise da classificação socioeconômica da famí­lia do adolescente. Os dados foram avaliados por meio de análise de regressão, utilizando-se o Software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 23.0. Foi considerado um ní­vel de significância de 5% (p<0,05). Resultados e discussão: Dos adolescentes avaliados, 57,4% (318) do sexo feminino e 42,6% (236) do sexo masculino. A maioria dos adolescentes apresentou eutrofia, contudo houve uma elevada frequência de excesso de peso para o sexo masculino (24,2%) e para o sexo feminino (24,5%). Os achados de risco para obesidade/excesso de peso em adolescentes foram, CC elevada (OR: 13,37), RCE elevada (OR: 22,23), % GC elevada (OR: 9,88). Conclusão: Conclui-se que existe associação do estado nutricional de adolescentes com fatores antropométricos.