Avaliação dos efeitos de fitoterápicos termogênicos em parâmetros antropométricos de pacientes com sobrepeso e obesidade
Resumo
Introdução: A obesidade é uma doença crônica não transmissível (DCNT), atualmente considerada uma epidemia mundial que vem crescendo rapidamente acometendo grande parcela da população. Objetivo: Avaliar os efeitos dos fitoterápicos Camelia sinensis, Citrus aurantium ou Faseolamina associada à Camelia sinensis, Citrus aurantium e Cromo, como coadjuvantes no tratamento do excesso de peso em pacientes com sobrepeso e/ou obesidade. Métodos: A amostra foi composta por 77 pacientes de ambos os gêneros, idades entre 18 e 65 anos. Foram realizadas medidas antropométricas (peso, índice de massa corpórea, circunferência do braço, circunferência da cintura), além de avaliação da composição corporal por meio das dobras cutâneas. Resultados: Após o consumo dos fitoterápicos, foi observada maior redução de gordura corporal no grupo tratado com Camelia sinensis, com perda de 0,85% de gordura corporal, comparado à faseolamina (0,81%), citrus (0,68%) e grupo controle (0,34%). Ao avaliar a perda de peso isolada, o grupo faseolamina apresentou melhor resultado, com perda média de 0,93 Kg ao se comparar com o Camelia sinensis (0,29 Kg), placebo (0,12 Kg) e ao Citrus que não apresentou redução do peso corporal do início ao término da pesquisa. Utilizou-se diferença estatística p> 0,05. Conclusão: Os fitoterápicos em paralelo à reeducação alimentar apresentaram resultados positivos em relação à perda de peso e redução dos níveis de gordura corporal, o que pode proporcionar benefícios para uma melhor qualidade de vida e sobrevida. Sugere-se a realização de novas pesquisas, com maior número de pacientes bem como, maior duração para avaliar os efeitos dos fitoterápicos a longo prazo.
Referências
-Almeida, M.F.S.; Marcellino, M.C.L.; Nicolielo, D.B.; Pedro, K.P.; Neves, F.T.A.; Moura, K.C.R.; Nunes, A.J.F.; Gonçalves, T.O.M. Avaliação do potencial termogênico e do perfil bioquímico de camundongos suíços submetidos ao uso diário de extrato aquoso do Citrus aurantium L. SALUSVITA. Vol. 34. Num. 3. 2015. p. 489-504.
-Barbieri, A.F. As Causas Da Obesidade: Uma Análise Sob A Perspectiva Materialista Histórica. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP. Vol. 10. Num. 1. 2012. p. 133-153.
-Bettega, P.V.C.; Czlusniak, G.R.; Piva, R.; Namba, E.L.; Ribas, C.R.; Grégio, A.M.T.; Rosa, E.A.R. Fitoterapia: dos canteiros ao balcão da farmácia. Archives Oral Res. Vol. 7. Num. 1. 2011. p. 89-97.
-Boorhem,R.L.; Lage, E.B. Drogas e extratos vegetais utilizados em fitoterapia. Revista Fitos. Vol. 4. Num. 1. 2009. p. 37-55.
-Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada n. 48 de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e revoga a RDC 17 de 24 de fevereiro de 2000. Diário Oficial da União(DOU). Poder Executivo. DF. Brasília. 16 mar. 2004.
-Cavichioli, B.; Abourihan, C.L.S.; Passoni, C.M.S. Monitoramento Da Administração De Um Suplemento Como Coadjuvante Na Perda De Peso. Cadernos da Escola de Saúde. Vol. 1. Num. 7. 2014. p. 90-111.
-Celleno, L.; Tolaini, M.V.; D’Amore, A.; Perricone, N.V.; Preuss, H.G. A dietary supplement containing standardized Phaseolus vulgaris extract influences body composition of overweight men and women. Int. J. Med. Sci. Vol. 4. 2007. p. 45-52.
-Colaço, P.C.; Degáspari, C.H. Benefícios Da Faseolamina (Phaseolus Vulgaris L.) Uma Revisão. Visão Acadêmica. Vol. 15. Num. 1. 2014. p. 107-118.
-Colker, C.M.; Kalman, D.S.; Torina, G.C.; Perlis, T.; Street, C. Effects of Citrus aurantium extract, caffeine, and St John’swort on body fat loss, lipid levels, and mood states in overweight healthy adults. Current Therapeutic Research. Vol. 60. Num. 3. 1999. p. 145-153.
-Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN N° 556/2016. Brasília, abril, 2016.
-Cruz ,J.A.O.; Bergamo, N.L.A.; Cavichioli, B.; Paganotto, M.; Abourihan, C.L.S.; Passoni, C.R.M.S. Avaliação de um suplemento vitamínico mineral como coadjuvante na perda de peso. Cadernos da Escola de Saúde. Vol. 2. Num. 10. 2013. p. 63-84.
-Falcão, L.E.M. Suplementação de cromo associado ao exercício físico. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. Vol. 10. Num. 57. 2016. p. 343-349. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/647/558>
-Fischer, T.K.; Lima, D.; Rosa, R.; Osório, D.; Boing, A.F. A mortalidade infantil no Brasil: série histórica entre 1994-2004 e associação com indicadores socioeconômicos em municípios de médio e grande porte. Medicina (Ribeirão Preto). Vol. 40. Num. 4. 2007. p. 559-66.
-Freitas, H.C.P.; Navarro, F. O chá verde induz o emagrecimento e auxilia no tratamento da obesidade e suas comorbidades. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. Vol. 1. Num. 2. 2007. p. 16-23.Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/14/12>
-Kaefera, C.L.; Hellwiga, F.M.; Reis, R.H.D.; Silva, C.V.; Malesuika, M.D. Desenvolvimento E Validação De Método Por Clae-Dad E Estudo Preliminar Da Estabilidade Da Sinefrina Em Extrato Seco De Citrus Aurantium L. Quim. Nova. Vol. 38. Num. 5. 2015. p. 709-714.
-Kamikura, M.A.; Baxmann, A.; Sampaio, L.R.; Cuppari, L. Avaliação nutricional. In: Cuppari, L. Nutrição clínica no adulto. São Paulo. Manole. 1a Edição. 2005. p. 71-109.
-Leite, L.D.; Rocha, E. D. M.; Neto,J. B. Obesidade: uma doença inflamatória. Revista Ciência & Saúde. Vol. 2. Num. 2. 2009. p. 85-95.
-Lucas, R.R.; Pereira, F.F.; Júnior, A.F.S.; Cavalcanti, B.C.; Júnior, H.V.N.; Silva, G.R.; Magalhães, H.I.F. Fitoterápicos aplicados à obesidade. Demetra. Vol. 11. Num. 2. 2016. p. 473-492.
-Melo, S.S.; Souza, J. D.; Silveira, P.R.B.; Jasper, C. Efeito do extrato seco do chá verde, chá branco e caralluma fimbriata na perda de peso e nas concentrações séricas de glicose e colesterol total em humanos. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. Vol. 3. Num. 18. 2009. p. 467-477. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/179/175>
-Molz, S.; Cordeiro, D.N. Efeito hipolipemiante da farinha de feijão branco (phaseolusvulgaris) em camundongos hiperlipidêmicos. Saúde Meio Ambient. Vol. 3. Num. 2. 2014. p. 44-52.
-Mondini, L.; Martins, V.A.; Margarido, M.A.; Bueno, C.R.F.; Claro, R.M.; Levy, R.B. Evolução dos preços de alimentos em São Paulo, Brasil, 1980-2009: considerações sobre o acesso à alimentação saudável. Informações Econômicas. Vol. 42. Num. 2. 2012. p. 47-55.
-Nunes, J.M.; Oliveira, E.N.; Machado, M.F.A.S.; Costa, P.N.P.; Vieira, N.F.C. Ser mulher e participar de grupo educativo em saúde na comunidade: motivações e expectativas. Rev enferm UERJ. Vol. 22. Num. 1. 2014. p. 123-128.
-Pinheiro, A.B.V.; Lacerda, E.M.A.; Benzecry, E.H.; Gomes, M.C.S.; Costa, V.M. Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras. São Paulo. Atheneu. 4a Edição. 2008.
-Pinho, C.P.S.; Diniz, A.S.; Arruda, I.K.G.; Filho, M.B.; Coelho, P.C.; Sequeira, L.A.S.; Lira, P.I.C. Prevalência e fatores associados à obesidade abdominal em indivíduos nafaixa etária de 25 a 59 anos do Estado de Pernambuco, Brasil. Cadernos de Saúde Pública. Vol. 29. Num. 2. 2013. p. 313-324.
-Prestes, M.O.; Lopes, T.V.C.; Teixeira, K.; Oliveira, E. Associação do consumo de chá verde com o peso corporal de mulheres adultas. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. Vol. 8. Num. 48. 2014. p. 175-180. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/353/332>
-Rodrigues, D.M.; Borin, S.R.; Paulino, P.C.; Arruda, E.J.; Silva, C.A.; Comparação das reservas glicogênicas em ratos jovens e envelhecidos tratados com Picolinato de cromo. Revista Brasileira de Medicina e Esporte. Vol. 20. Num. 5. 2014.
-Santana, L.S.; Silva, M.O.; Feitosa, L.; Nascimento, M.V. Efeitos Da Suplementação De Chá Verde Sobre A Perda De Peso. Ciências Biológicas e de Saúde Unit. Vol. 2. Num. 3. 2015. p. 39-54.
-Triola, M. F. Introdução a estatística. Rio de Janeiro. LTC Ed 10º Edição. 2008. p. 696.
-Tischler, A.B. Caracterização do perfil corporal de pacientes obesos e portadores de hipertensão arterial sistêmica admitidos em uma clínica-escola de nutrição no município de Lauro de Freitas-BA. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. Vol. 7. Num. 38. 2013. p. 27-34. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/296/287>
-Verrengia, E.C.; Kinoshita, S.A.T.; Amadei, J.L. Medicamentos Fitoterápicos no Tratamento da Obesidade. UNICIÊNCIAS. Vol. 17. Num. 1. 2013. p. 53-58.
-Vieira, K.L.D.; Gomes, V.L.O.; Borba, M.R.; Costa, C.F.S. Atendimento da população masculina em unidade básicade saúde da família: motivos para a (não) procura. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. Vol. 17. Num. 1. 2013. p. 120-127.
-Viudes, D.R.; Brecailo, M.K.; Silva, J.S.; Levinske, L.C.; Melhem, A.R.F.; Kühl, A.M. Perfil nutricional e consumo alimentar de pacientes com excesso de peso atendidos por um ambulatório de Nutrição. Publ. UEPG Ci. Biol. Saúde. Vol. 20. Num. 2. 2014. p. 115-124.
-Weisheimer ,N.; Filho, P.F.C.; Neves, R.P.C.; Sousa, R.M.; Pinto, D.S.; Lemos, V.M. Fitoterapia como alternativa terapêutica no combate à Obesidade. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança. Vol. 13. Num. 1. 2015. p. 103-111.
-World Health Organization (WHO). Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation onObesity. Geneva: WHO, 1998. p. 276.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).