Ludicidade para desmistificar o comportamento fisiológico da fome entre os jovens

  • Carlos Alberto Bento Junior Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil.
  • Raíssa de Andrade Águas Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil.
  • Mariana Barreira Bertoluci Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil.
  • Matheus Maresciallo Martins Zandonadi Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil.
  • Ana Laura Abbud Chierice Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil.
  • Ludimila Canuto Faccioni Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande-MS, Brasil.
Palavras-chave: Estigma de peso, Fenômeno fisiológicos da nutrição, Ganho de peso, Jejum, Jogo

Resumo

Estimular os jovens a conhecer o seu próprio corpo na perspetiva celular e fisiológica pode desenvolver a adoção de práticas diárias para a prevenção da diabetes e da obesidade. Além disso, proporcionar a superação de questões sociais que levam à estigmatização e ao preconceito. Sabendo que o estado do Mato grosso do Sul, em especial a sua Capital, Campo Grande, tem altos índices destas doenças crónicas e da importância da educação lúdica para o processo de aprendizagem, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um puzzle em espiral com conceitos relacionados com a grelina, a insulina, a leptina e o balanço energético, e verificar se a proposta promove a compreensão sobre os mecanismos fisiológicos da fome e da saciedade, desmistificando os estereótipos presentes no meio escolar associados ao excesso de peso. Participaram na investigação sobre a eficiência do puzzle 14 alunos do 1º ano do ensino secundário da escola estatal Prof. Emygdio Campos Widal. Os participantes foram sujeitos a um questionário antes e após a intervenção didática, e os dados foram analisados ​​quanto à evolução dos conhecimentos adquiridos. As respostas, após a prática pedagógica, demonstraram que os alunos aprenderam novos conceitos biológicos. Conclui-se que ações lúdicas e interativas trabalhadas no meio escolar podem contribuir para o processo de aprendizagem sobre determinantes fisiológicos da fome e da saciedade e estimular a redução da intolerância materializada sob a forma de bullying entre os jovens, uma vez que promove a sensibilização individual e coletiva para desmistificar estereótipos físicos associados ao consumo alimentar.

Referências

-Apolinário, A. C.; Da, S. R.; Moço, C. M. N. O bullying no contexto da obesidade na adolescência: intervenções da terapia cognitivo comportamental. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. Vol. 8. Num. 8. 2022. p. 514-531. DOI: 10.51891/rease.v8i8.6620.

-Costa, M.; Souza, M.A; Oliveira, V.M. Obesity in children and bullying: the teachers´ viewpoint. Educação e Pesquisa. Vol. 38. Num. 03. 2012. p. 653-665.

-Dâmaso, AR.; Sanches, PL. Tratado de obesidade: 2ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2015. p. 1216-41

-Faccioni, L. C.; Soler, R. R. Abordagem lúdica sobre os aspectos celulares do diabetes e da obesidade para alunos do ensino médio. Revista Brasileira de Extensão Universitária. Vol. 9. 2018. p. 27.

-Guyton, A. C.; Hall, J. E. Tratado de fisiologia médica. 11ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier. 2006.

-Guyton, A.C; Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica: 12ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier. 2011.

-Iser, B. P.; e colaboradores. Prevalência de diabetes autorreferido no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde. Brasília. Vol. 24. Num. 2. 2015. p. 305-314.

-Iser, B. P. M.; e colaboradores. Prevalência de diabetes autorreferido no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol. Serv. Saúde. Brasília. Vol. 24. Num. 2. 2015. p. 305-314.

-Junqueira, L.C.; Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 11ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2013.

-Kubota, L. C. Discriminação contra os estudantes obesos e os muito magros nas escolas brasileiras. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 2011. https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/2643.

-Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia Hoje. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2012.

-Lorenzetto, L. A. A coragem de brincar. Motriz. Vol. 7. Num.1. 2001. p. 53-56.

-Macedo, L.; Passos, N.C. Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar. Porto Alegre. Artmed. 2005.

-Macedo, L.; Petty, A. L. S.; Passos, N.C. Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre. Artmed. 2000. Vol. 1.

-Masharani, U.; German, M S. Endocrinologia Básica e Clínica de Greenspan. 9ª edição. Porto Alegre. AMGH. 2013.

-Pereira, FL.; Maciel, RM. O Bullying Contra Crianças Obesas em Ambiente Escolar e suas Consequências. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 01. Vol. 10. 2016. p. 249-260.

-Ruiz, J.; Schwartz, G.M. Games and arts as strategies for environmental education in school contexto. Revista Educação Física/UEM. Vol. 13. Num. 2. 2002. p. 127-132.

-Swinburn, B. A.; e colaboradores. The global obesity pandemic: shaped by global drivers and local environments. The Lancet. 2011.

-Tortora, G.J.; B, Derrickson. Princípios de anatomia e fisiologia. 12ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan. 2010.

-Tripp, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e pesquisa. São Paulo. Vol. 31. Num. 3. 2005. p. 443-466.

Publicado
2024-01-21
Como Citar
Bento Junior, C. A., Águas, R. de A., Bertoluci, M. B., Zandonadi, M. M. M., Chierice, A. L. A., & Faccioni, L. C. (2024). Ludicidade para desmistificar o comportamento fisiológico da fome entre os jovens. Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 18(112), 174-184. Obtido de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2353
Edição
v. 18 n. 112 (2024)
Secção
Artigos Cientí­ficos - Original

Direitos de Autor (c) 2024 Carlos Alberto Bento Junior, Raíssa de Andrade Águas, Mariana Barreira Bertoluci, Matheus Maresciallo Martins Zandonadi, Ana Laura Abbud Chierice, Ludimila Canuto Faccioni

Creative Commons License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:

  • Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capí­tulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
  • Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).