Constipação intestinal em idosos institucionalizados
Resumo
Introdução: Devido ao aumento da população idosa no mundo, ocorre uma crescente procura por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), que pode estar associado à constipação intestinal, devido à baixa ingestão de fibras, líquidos e sedentarismo. Objetivo: Verificar a associação da constipação intestinal com o sexo, idade, nível de atividade física, estado nutricional, ingestão hídrica e dietética dos idosos residentes em ILPIs públicas e privadas do interior do Rio Grande do Sul. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com total de 245 idosos residentes em nove ILPIs, com dados coletados em 2019 e 2020. Os idosos responderam um questionário estruturado sobre o sexo, tipo de instituição e ingestão hídrica, além do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e dos critérios de Roma III. Aplicou-se um recordatório alimentar de 24hs e calculou-se com software DietWin a quantidade de fibras consumidas diariamente. Os resultados foram considerados significativos a um nível de significância máximo de 5% (p£0,05). Resultados e discussão: Dentre os idosos participantes, 64,5% (n=158) eram mulheres, 21,1% (n=27) estavam desnutridos, 34,2% (n= 84) com excesso de peso, 52,2% (n=128), classificados como portadores de constipação intestinal e 92,7% (227) eram sedentários. A presença da constipação intestinal associou-se significativamente aos idosos sedentários (p=0,049) e ao sexo feminino (p=0,046). Assim como evidenciado em outros estudos, a constipação influencia na qualidade de vida dos idosos institucionalizados. Conclusão: A maioria dos idosos residentes nestas instituições eram mulheres, sedentários, apresentavam desnutrição ou excesso de peso e constipação intestinal. A constipação intestinal associou-se significativamente ao sexo feminino e aos sedentários.
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