Disbiose intestinal em estudantes do curso de nutrição de uma universidade da grande Florianópolis
Resumo
O funcionamento do trato gastrointestinal (TGI) tem grande relação com o estado geral do organismo humano. O equilíbrio entre microrganismos benéficos e patógenos, assim como suas interações, são capazes de determinar a saúde do hospedeiro. Fatores internos e externos ao indivíduo podem determinar o equilíbrio do ecossistema bacteriano. Se bem equilibrado, o organismo se mantém protegido e saudável. Se houver um desequilíbrio, pode aumentar o número de patógenos que se manifestam por meio de sinais e sintomas em todo o organismo, caracterizando um estado de disbiose intestinal. Objetivo: Avaliar a disbiose intestinal em estudantes do Curso de Nutrição de uma Universidade da Grande Florianópolis. Materiais e métodos: Estudo descritivo, transversal de caráter quantitativo. Os dados foram obtidos por meio da aplicação do Questionário de Rastreamento Metabólico adaptado aos sintomas gastrointestinais e escala de Bristol aplicados em 128 estudantes do curso de Nutrição de uma Universidade da Grande Florianópolis. Resultados: 29,69% apresentaram sintomas de disbiose e 16,41% tipo de fezes com risco para disbiose. Os principais sintomas apresentados foram arrotos e/ou gases intestinais (82,82%), seguido de inchaço/distensão abdominal (80,47%) e dor estomacal/intestinal (60,94%). O tipo de fezes mais frequente foi o tipo 3 (46,88%). Conclusão: É baixa a prevalência de sinais e sintomas de disbiose intestinal nos estudantes do curso de Nutrição, provavelmente por já adotarem práticas alimentares saudáveis em sua rotina, contribuindo para a saúde da microbiota.
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