Estado nutricional, qualidade de vida e doenças do trabalho de servidores de uma instituição pública federal do norte de Minas Gerais

  • Evaldo Luiz França Médico do Trabalho e Perito do IFNMG, campus Januária, Minas Gerais, Diretor Fundador da Clí­nica Med Center-Medicina Diagnóstica; Mestrando em Ensino em Saúde pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM, Diamantina-MG, Brasil.
  • Lucilene Soares de Miranda Professora Associada IV da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM-Diamantina, Docente dos Cursos de Graduação de Nutrição, Mestrado Profissional Ensino em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso, Brasil.
  • Ivy Scori Cazelli Professora Associada III da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM-Diamantina, Docente dos Cursos de Graduação de Nutrição, Mestrado Profissional Ensino em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso, Brasil.

Resumo

Introdução: A qualidade de vida de um trabalhador está ligada ao seu estilo de vida dentro e fora do ambiente de trabalho, com reflexos na saúde.  Objetivo: Avaliar perfil nutricional, estilo de vida e saúde ocupacional dos trabalhadores de uma instituição pública.  Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo de agosto a novembro de 2018, com aplicação do questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) 2012, avaliado com o Critério de Classificação Econômica (CCEB), e questionário com variáveis de saúde. Dados tabulados e analisados no Software Excel 2013, aplicada estatí­stica inferencial. Resultados: 68 participantes, sendo 67,65% técnico administrativo e 32,35% docente; 53% do sexo masculino, das classes B1 e B2, de cor parda com residência própria e curso superior. Fumantes 2,94% e 1,47% ingerem bebida alcoólica. Satisfeitos com saúde, lazer, alimentação e peso. Praticam atividade fí­sica, mais de duas vezes por semana, cujo objetivo é a saúde. Consomem mais de duas refeições por dia, sendo a principal o almoço em casa. 52,94% são eutróficos, 36,77% estão acima do peso, 8,82% possuem obesidade tipo I e 1,47% obesidade tipo II. 17,65% são hipertensos e 1,47% diabéticos. Passam mais tempo sentados e a lombalgia é prevalente e piora com o trabalho.  Doenças Musculoesqueléticas foram as mais prevalentes e as que mais se acentuaram com o tipo de trabalho. Conclusão: O grupo apresenta excesso de peso e a lombalgia se acentua com o trabalho executado, sendo necessárias medidas ergonô´micas, e o incentivo a prática de atividade fí­sica e alimentação equilibrada.

Biografias Autor

Lucilene Soares de Miranda, Professora Associada IV da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM-Diamantina, Docente dos Cursos de Graduação de Nutrição, Mestrado Profissional Ensino em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso, Brasil.

Professora Associada IV da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM-Diamantina, Docente dos Cursos de Graduação de Nutrição , Mestrado Profissional Ensino em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso.

Ivy Scori Cazelli, Professora Associada III da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM-Diamantina, Docente dos Cursos de Graduação de Nutrição, Mestrado Profissional Ensino em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso, Brasil.

Professora Associada III da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, Diamantina, Docente dos Cursos de Graduação de Nutrição, Mestrado Profissional Ensino em Saúde e Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso.

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Publicado
2020-10-18
Como Citar
França, E. L., Miranda, L. S. de, & Cazelli, I. S. (2020). Estado nutricional, qualidade de vida e doenças do trabalho de servidores de uma instituição pública federal do norte de Minas Gerais. Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 14(86), 411-421. Obtido de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1286
Secção
Artigos Cientí­ficos - Original