Historia de la obesidad en el cine: “los tres gordos” (1963; 1966)

  • Cezar Barbosa Santolin Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS, Corumbá-MS, Brasil.

Resumen

El presente artículo tuvo como objetivo analizar las películas “Los tres gordos”, de 1963 y 1966, así como la obra literaria homónima, publicada en 1927, de estas adaptaciones cinematográficas, de autoría del soviético Yuri Olesha, como fuentes primarias de la historia. de la obesidad Metodológicamente, además de ser un estudio histórico, también se caracterizó por ser un estudio de caso múltiple. Para el análisis del material se utilizó el análisis discursivo de la enunciación. Para la recolección de datos, primero se leyó el libro y luego se visionaron las películas, identificando fragmentos que se consideraron relevantes. Después de los análisis, los resultados permitieron la construcción de enunciados que componían una formación discursiva en la que los gordos son glotones, ricos, poderosos y valientes. Aunque se trata de una pieza de propaganda comunista, esta formación discursiva se aparta del gordo burgués, identificado en otras fuentes históricas, ya que los tres gordos se parecían más a señores feudales que a burgueses, en el sentido estricto de este término en la doctrina marxista. Así, finalmente, se concluyó que los materiales son fuentes primarias relevantes para la historia de la obesidad tanto en la literatura como en el cine.

Citas

-Baecque, A. Le discours anti-noble (1787-1792) aux origines d´un slogan: “Le peuple contre les gros”. Revue d´Histoire Moderne et Contemporaine. Tomo XXXVI. 1989. p.3-28.

-Barros, J. A. História serial, História quantitativa e História demográfica: uma breve reflexão crítica. Revista de C. Humanas. Vol. 11. Num. 1. p. 163-172. 2011.

-Barros, J. A História serial e História quantitativa no movimento dos Annales. Hist. R. Vol. 17. Num. 1. p. 203-222. 2012.

-Barros, J. O projeto de pesquisa em História: da escola do tema ao quadro teórico. 9ª edição. Rio de Janeiro. Vozes. 2013.

-Ellsworth, E. Modos de endereçamento: uma coisa de cinema; uma coisa de educação também. In: Silva, T. T. (org.). Nunca fomos humanos - nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica. 2001. p.7-76.

-Foucault, M. Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo. Martins Fontes. 2001.

-Foucault, M. A arqueologia do saber. 7ª edição. Rio de Janeiro. Forense Universitária. 2008.

-Gadamer, H. Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 15ª edição. Petrópolis. Vozes. 2015.

-Goffman, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro. LTC. 1975.

-Martin, L. Le gros comme métaphore du bourgeois dans la presse de gauche aux XIXe et XXe siècles. In: CSERGO, Julia (org.) Trop Gros? L´obésité et ses représentations. França. Autrement. 2009. p. 213-227.

-Marx, K.; Engels, F. O manifesto do partido comunista. 2018. Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/manifestocomunista.pdf. Acesso em 08/06/2018.

-Moscovici, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 7ª edição. Rio de Janeiro. Vozes. 2010.

-Olesha, Y. The three fat men. 5ª edição. União Soviética das Repúblicas Socialistas: Raduga, 1987. Disponível em: https://archive.org/details/TheThreeFatMen/page/n23 . Acesso em 12/10/2018.

-Poulain, J. P. Sociologia da obesidade. São Paulo: SENAC. 2014.

-Quellier, F. Gula - história de um pecado capital. São Paulo. SENAC. 2011.

-Santolin, C. B. O nascimento da obesidade: um estudo genealógico do discurso patologizante. Dissertação de Mestrado. Pelotas-RS. Universidade Federal de Pelotas. 2012.

-Santolin, C. B.; Rigo, L. C. A obesidade e a problematização da corpulência na Idade Média. Fiep Bulletin. Volume 82. Special Edition. Article I. 2012.

-Santolin, C. B.; Rigo, L. C. Por que o termo “gordo” se tornou politicamente incorreto no Brasil? Anais do VI Congresso SulBrasileiro de Ciências do Esporte. 2012a. Rio Grande-RS.

-Santolin, C. B.; Rigo, L. C. O nascimento do discurso patologizante da obesidade. Movimento. Porto AlegreVol. Vol. 21. Num. 1. p. 81-94. 2015.

-Santolin, C. B.; Rigo, L. C. Representações da obesidade no cinema: o “burguês-gordo” em A greve (1925) de Eisenstein. Movimento. Vol. 25. e25076. 2019.

-Seixas, C. M.; Birman, J. O peso do patológico: biopolítica e a vida nua. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. Rio de Janeiro, Vol. 19. Num. 1. 2012, p.13-26.

-Stearns, P. N. Fat history: bodies and beauty in the Modern West. Nova York. New York University Press. 2002.

-Struna, N. L. Pesquisa histórica em atividade física. In: Thomas, J. R.; Nelson, J. K.; Silverman, S. J. Métodos de pesquisa em atividade física. 5ª edição. Cap. 12. Porto Alegre. Artmed. 2007. p. 189-201.

-Tri tolstyaka. Direção de Valentina Brumberg e Zinalda Brumberg. Animação, colorido, 35 min. União Soviética: Soyusmultfilm, 1963. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wBCBSCZCsvE . Acesso em 8/10/2018.

-Tri tolstyaka. Direção de Aleksey Batalov e Iosif Shapiro. 1h e 32min, União Soviética: Lenfilm Studio, 1966. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Gm3NgTpY8fM . Acesso em 8/10/2018.

-Vigarello, G. As metamorfoses do gordo: história da obesidade. Rio de Janeiro. Vozes. 2012.

-Yin, R. K. Estudo de caso: planejamento e método. 5ª edição. Porto Alegre. Bookman. 2015.

Publicado
2022-07-03
Cómo citar
Santolin, C. B. (2022). Historia de la obesidad en el cine: “los tres gordos” (1963; 1966). Revista Brasileña De Obesidad, Nutrición Y Pérdida De Peso, 15(94), 482-493. Recuperado a partir de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1735
Sección
Artículos Científicos - Original