Prevalência e fatores interferentes no reganho de peso em mulheres que se submeteram ao Bypass Gástrico em Y de Roux após 2 anos de cirurgia bariátrica

  • Renata Florentino da Silva Programa de Residência em Nutrição Clínica, Hospital Regional da Asa Norte, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
  • Emily de Oliveira Kelly Mestre em Nutrição Humana –Faculdade de Ciências da Saúde –Universidade de Brasília –UNB/Preceptora do Programa de Residência em Nutrição Clínica, Hospital Regional da Asa Norte, Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Palavras-chave: Cirurgia bariátrica, Obesidade, Ganho de peso

Resumo

Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores interferentes do reganho de peso em mulheres que se submeteram ao Bypass gástrico em Y de Roux após 02 anos de cirurgia bariátrica. Materiais e Métodos:Foi realizada uma pesquisa analítica, transversal, descritiva. A amostra foi composta por 30 pacientes no período de dezembro de 2012 a agosto de 2013. Aplicou-se um questionário onde foram avaliados: o peso, prática de atividade física, tempo médio para a realização das principais refeições, dificuldade para mastigação e uso de suplementação de proteínas. Resultados:O reganho de peso nos indivíduos que praticam atividade física (3,34 ± 2,23) foi menor que nos indivíduos que não praticam (9,2 ± 10,3). O indivíduo que não pratica atividade física ganha em média 1,5 kg a mais do que os que praticam.Observou-se que há uma tendência a um maior reganho de peso nos pacientes que consomem menos proteína e possuem o hábito de beliscar. Conclusão: Oato cirúrgico não finaliza o tratamento da obesidade e as terapias auxiliares devem está associadas à monitoração contínua da equipe multidisciplinar. No entanto, outros estudos são necessários a fim de elucidar os fatores preditores do reganho de peso.

Referências

-American Association of Clinical endocrinologist, the obesity Society and American Society for metabolic & bariatric surgery medical (AACE/TOS/ASMBS). Guidelines for clinical practice for the perioperative nutritional, metabolic and nonsurgical support of the bariatric surgery patient. Surg. Obes. Relat. Dis. Vol. 4. p. S109-S184. 2008

-Buffington, C.K.; Cowan, G.S..; Smith, H. Significant changes in the lipid-lipoprotein status of premenopausal morbidly obese females following gastric bypass surgery. Obes Surg. Vol. 4. p. 328-35. 1994.

-Brasil. Portaria nº 628/GM Brasília: Ministério da Saúde. 2001.

-Bond, D.S.; e colaboradores. Becoming physically active after bariatric surgery is associated with improved weight loss and health-related quality of life. Obesity, Vol. 17. p. 78-83. 2008.

-Brolin, R.E. Bariatric surgery and long term control of morbid obesity. JAMA. Vol. 288. p.p. 2793-6. 2002.

-Buchwald, H, Concensus conference Statement Bariatric surger for obesity: Health implications for patients, health professionals, and third-party payers. Surg obes related dis. Vol. 1. p. 371-81. 2005.

-Christou,N.V.; e colaboradores. Surgery decreases long-term mortality, morbidity, and health care use in morbidlyobese patients. Ann Surg. Vol. 240. Núm. 3. p. 416-23. 2004.

-Colles, S.L.;Dixon, J.B.; O’brien, P.E. Grazing and Loss of Control Relaated to Eating: Two High-risk Factors Following Bariatric Surgery. Obesity: a research journal. Vol. 16. Núm. 3. p. 170-6. 2008.

-Faria, S.L.; e colaboradores. Dietary protein intake and bariatric surgery patients: a review. Obesity Surgery. Vol. 21. p. 1798-1805. 2011.

-Geloneze, B.; Tambascia, M.A.; Pareja, J.C.; Repetto, E.M.; Magna, L.A.; Pereira, S.G. Serum leptin levels after bariatric surgery across a range of glucose tolerance from normal to diabetes. Obes Surg. Vol. 11. p. 693-8. 2001.

-Leite, S.; e colaboradores. Nutrição e cirurgia bariátrica. Rer Nutr clin. Vol. 18. Núm. 4. p. 183-189. 2003.

-Lima,J.G.; e colaboradores. Gestação após gastroplastia para tratamento da obesidade mórbida: série de casos e revisão da literatura. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. Vol. 28. Núm. 2. p. 107-111. 2006.

-Magro, D.O.; Geloneze, B.; Delfini, R.; Pareja, B.C.; Callejas, F.; Pareja, J.C. Long-term Weight Regain after Gastric bypass: A 5-year Prospective Study. Obes Surg. Vol.18. Núm. 6. p. 648-51. 2008.

-Pasiakos, S.M.; e colaboradores. Effects of high-protein diets on fat-free mass and muscle protein synthesis following weight loss: a randomized controlled trial. The FASEB Journal. Vol. 27. 2013

-Santos, F.; Teixeira, W.B. O profissional de educação física em uma equipe interdisciplinar de cirurgia bariátrica. Bariátrica & Metabólica. Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Vol. 1. Núm. 4. p. 24-8. 2007-2008.

-Silver, H,J.; Torquati, A.; Jensen, G.L.; Richards, W.O. Weight, dietary and physical exercises behaviors two years after gastric bypass. Obes Surg. Vol. 16. p. 859-64. 2006.

-Thompson, C.C.; e colaboradores. Peroral endoscopic reduction of dilated gastrojejunal anastomosis after Roux-en-Y gastricbypass: a possible new option for patients with weight regain. Surg Endosc. Vol. 20. Núm. 11. p. 1744-8. 2006.

-Valezi,A.C.; e colaboradores. Estudo do padrão alimentar tardio em obesos submetidos à derivação gástrica com bandagem em y de roux: comparação entre homens e mulheres. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Vol. 35. Núm. 6. 2008. p. 387-391.

-Waitman, J.A.; Aronne, L.J. Obesity surgery: pros and cons. J Endocrinol Invest. Vol. 25. Núm. 10. p. 925-8. 2002.

Publicado
2014-08-26
Como Citar
da Silva, R. F., & Kelly, E. de O. (2014). Prevalência e fatores interferentes no reganho de peso em mulheres que se submeteram ao Bypass Gástrico em Y de Roux após 2 anos de cirurgia bariátrica. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 8(47). Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/342
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original