Perfil dietético das mulheres obesas atendidas em ambulatórios de nutrição no município do Rio de Janeiro
Resumo
Considerada como um problema de saúde pública, a prevenção da obesidade é um dos grandes desafios deste século. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar o grau de obesidade e o perfil alimentar de voluntários atendidos pela rede básica de saúde do município do Rio de Janeiro. Foram estudados 60 voluntários do sexo feminino cuja análise antropométrica resultou em índice de massa corporal maior ou igual a 30 kg/m2 e faixa etária de 20 a 59 anos. Foi observado maior número de mulheres com obesidade grau I, seguido daquelas com obesidade grau II e III. Foi feita análise dos hábitos alimentares utilizando um questionário de freqüência de consumo alimentar adaptado para tornar-se apenas qualitativo, onde se observou baixa freqüência de consumo de alguns alimentos como leite e derivados, peixes, hortaliças A e B e frutas. Com relação às hortaliças A e B, quanto maior o grau de obesidade, menor é o número de mulheres que consomem com freqüência de pelo menos uma vez ao dia. Observou-se também freqüência elevada de salsichas, lingüiças, e fast food. 79% das mulheres apresentaram freqüência de consumo adequada para carne bovina e frango. Os dados mostram, também, que mulheres obesas parecem ter perdido o hábito de consumir arroz com feijão. De forma geral, pode-se concluir que as mulheres obesas atendidas nestas unidades de saúde apresentam hábitos alimentares inadequados, sugerindo a implantação de programas de educação nutricional na rede básica de saúde, visando mudanças nas práticas alimentares da população atendida.
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