Atividade física e fatores associados no contexto da atenção primária
Resumo
As doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) respondem no início do século XXI pelas mais elevadas taxas de morbidade e de mortalidade em diversos países do mundo. Sendo assim, o objetivo do estudo foi verificar a prevalência e analisar os fatores associados à não prática regular de atividades físicas (AF) por semana dos indivíduos cadastrados no contexto da atenção primária numa Unidade Básica de Saúde de Nova Mamoré-RO. Estudo transversal, com usuários entre 30 e 74 anos, 2019. Foram utilizados os questionários: Internacional de Atividade Física (IPAQ) em sua versão mais curta, sociodemográficos, exames bioquímicos e antropométricos. Estratificação do Risco Cardiovascular (RCV) e da síndrome metabólica. Regressão logística binária. Dos 63 usuários 68,3% autorrelataram que não praticam AF pelo menos 150 minutos semanais, 10 minutos contínuos, ou frequência mínima de três vezes por semana. Após ajuste os fatores associados não prática AF foram idade igual ou maior que 50 anos, cor da pele não branca, circunferência da cintura alterada, colesterol LDL elevado >190 mg/dl, colesterol HDL baixo <40 mg/dl, risco cardiovascular alto >20% e presença da síndrome metabólica (p<0,05). Aspectos multifatoriais devem ser considerados em estratégias de promoção da saúde direcionadas nas ações de aconselhamento para a prática regular de AF na Atenção Primária à Saúde.
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