Predição do risco cardiovascular em mulheres adultas de uma cidade da zona da Mata de Pernamburco

  • Debora Kathuly da Silva Oliveira Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Jéssica de Oliveira Campos Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil; Laboratório de Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica-LABNAF, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Jéssica Gonzaga Pereira Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil. 2 - Laboratório de Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica-LABNAF, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Amanda Felix de Sousa Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Jackson Vinicius Ferreira de Souza Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil; Laboratório de Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica-LABNAF, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Maria Brenda Ellen dos Santos Pereira Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Ester Lourenço Marques de Oliveira Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Márcia José do Espírito Santo Silva Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Viviane de Oliveira Nogueira Souza Laboratório de Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica-LABNAF, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
  • Aiany Cibelle Simões-Alves Laboratoire de Recherche en Cardiovasculaire, Métabolisme, Diabétologie et Nutrition-CarMeN, INSERM U1060, Université Claude Bernard Lyon1, Pierre Bénite, France.
  • João Henrique Costa-Silva Laboratório de Avaliação Física e Processamento de Sinais-LAPS, Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Brasil.
Palavras-chave: Sobrepeso, Obesidade, Doenças Cardiovasculares, Risco Cardiovascular

Resumo

Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) lideram o número de óbitos entre homens e mulheres. Contudo, em mulheres os prognósticos são piores, sugerindo haver fisiopatologia diferente para doenças e risco cardiovascular entre os sexos, ainda assim, mulheres são subdiagnosticadas e sub representadas em estudos sobre DCV. Objetivo: Avaliar o risco cardiovascular em mulheres em idade adulta em uma cidade da Zona da Mata de Pernambuco. Materiais e Métodos: Estudo transversal, realizado com mulheres adultas no qual foram investigadas variáveis socioeconômicas, antropométricas e de predição do risco cardiovascular. As mulheres foram subdivididas em grupos: eutrofia, com sobrepeso e obesidade conforme o índice de massa corporal. A coleta de dados ocorreu entre abril e dezembro de 2022.  As análises estatísticas foram realizadas, pelo programa SPSS, sendo realizados os testes: Anova one-way, Kruskal - Wallis e correlação de Pearson, para dados paramétricos, não paramétricos e correlação, respectivamente. Resultados: Foram avaliadas 54 mulheres das quais 25,9% foram classificadas como eutróficas, 31,5% com sobrepeso e 42,6% com obesidade. O perfil socioeconômico foi semelhante entre os grupos, contudo, o grupo com obesidade apresentou índices elevados de: pressão arterial sistólica e diastólica; percentual de gordura corporal e maior risco cardiovascular. Também foram encontradas correlações entre o aumento da RCQ e o Escore de Framingham. Conclusões: Nossos achados descrevem correlações entre excesso de peso e presença de fatores de risco cardiovasculares modificáveis, podendo inferir que a redução do peso corporal contribua para a diminuição das doenças cardiovasculares.

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Publicado
2024-02-24
Como Citar
Oliveira, D. K. da S., Campos, J. de O., Pereira, J. G., Sousa, A. F. de, Souza, J. V. F. de, Pereira, M. B. E. dos S., Oliveira, E. L. M. de, Silva, M. J. do E. S., Souza, V. de O. N., Simões-Alves, A. C., & Costa-Silva, J. H. (2024). Predição do risco cardiovascular em mulheres adultas de uma cidade da zona da Mata de Pernamburco. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 18(113), 317-326. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2382
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original