Tempo de realização de cirurgia e sua relação com as atitudes alimentares de mulheres bariatrizadas

  • Janile Maria da Silva Faculdade de Americana, Americana-São Paulo, Brasil.
  • Milena Cristina Prestes Faculdade de Americana, Americana-São Paulo, Brasil.
  • Vanessa Riper Faculdade de Americana, Americana-São Paulo, Brasil.
  • Joseane Almeida Santos Nobre Faculdade de Americana, Americana-São Paulo, Brasil.
  • Glenys Mabel Caballero Córdoba Faculdade de Americana, Americana-São Paulo, Brasil.
Palavras-chave: Cirúrgia Bariatrica, Recidiva de Peso, Hábitos Alimentares, Mulheres Bariatrizadas

Resumo

Objetivo: Estudar a relação do tempo de realização da cirurgia bariátrica e hábitos alimentares associados a recidiva de peso na população feminina.  Materiais e Métodos: Estudo transversal, observacional, desenvolvido com integrantes de grupos de plataformas sociais, sendo composto por 290 participantes que realizaram a cirurgia bariátrica com tempo de pós-operatório maior que dois anos. As variáveis analisadas foram perfil sociodemográfico de saúde, tipos de cirurgia, tempo de cirurgia, qualidade de vida com questionário (BAROS, QHCA, Escala de compulsão alimentar periódica) e perfil dietético. O estudo foi comprovado pelo comitê de ética Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP, CAAE: 33659120.8.0000.5507. Resultados: Mulheres entre 30 e 39 anos realizaram cirurgia a mais de dois anos (Χ2=11,15; p=0,004), relatando possuir alguma doença pregressa à cirurgia, principalmente, doenças cardiovasculares. A compulsão alimentar mais grave e ingestão externa aumentada aconteceu antes dos dois anos de cirurgia; e maior ganho de peso e piora da qualidade de vida aconteceu quanto maior o tempo da realização da cirurgia. Conclusão: A realização da cirurgia bariátrica, por mulheres, tem ocorrido de forma cada vez mais precoce, com a recidiva ponderal iniciando aos 2 anos pós-cirúrgico, o que reduz a percepção da qualidade de vida e promovendo a compulsão alimentar.

Referências

-ABEP. Critério Brasil 2015. Disponível em: <http://www.abep.org/>.

-Amianto, F.; Ottone, L.; Daga, G.A.; Fassino, S. Binge-eating disorder diagnosis and treatment: a recap in front of DSM-5. Psychiatry. Vol. 15. 2015. p. 1-22

-Ávila, R.I.; Santos, R.R.S.; Garrote, C.F.D.; Ribeiro, E.F. Qualidade de vida de pacientes do estado de Goiás submetidos a cirurgia bariátrica utilizando o método BAROS. Revista de Biotecnologia e Ciência. Vol. 1. Num. 2. 2013. p.13-17.

-Bastos, E.C.L. Fatores determinantes do reganho ponderal no pós-operatório de cirurgia bariátrica. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva. Vol. 26. 2016. p. 26-32.

-Brasil. Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde, D. A. Em S. E V. D. N. T. Vigitel Brasil 2019: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. Brasília. Ministério da Saúde. 2020.

-Bressan, J.A.; Trevisol, F.S. Avaliação da autoestima e depressão após cirurgia bariátrica. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 13. Num. 79. 2019. p. 446-456.

-CEPEDES. Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Saúde mental e Atenção Psicossocial na Pandemia COVID-19: Recomendações gerais. Brasília. 2020.

-Christou, N.V.; Look, D.; Mac Lean, L.D. Weight gain after short and long limb gastric bypass in patients followed for longer than 10 years. Ann Surg. Vol. 244. 2013. 734-9.

-Ferreira, P.D.; Alves, A. Caracterização do comportamento alimentar e estado nutricional de adultos. Motri. Ribeira de Pena. Vol. 14. Num. 1. 2018. p. 252-258.

-Freitas, S. Tradução e adaptação para o português da Escala de Compulsão Alimentar Periódica. Revista Brasileira de Psiquiatria. Vol. 23. Num. 4. 2001. p. 215-220.

-Galvão, M.H.R. Risco para doenças cardiovasculares em mulheres detentas. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. Vol. 32. Núm. 0. 2019.

-Heymsfield, S.B.; Wadden, T.A. Mechanisms, Pathophysiology, and Management of Obesity. New England Journal of Medicine. Vol. 376. Num. 3. 2017. p. 254-266.

-Jesus, A.D. Comportamento alimentar de pacientes de pré e pós-cirurgia bariátrica. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 11. Num. 63. 2017. p. 187-196.

-Magro, D.O. Long-term Weight Regain after Gastric Bypass: A 5-year Prospective Study. Obesity Surgery. Vol. 18. Num. 6. 2016. p. 648-651.

-Malin, S.K.; Kashyap, S.R. Differences in Weight Loss and Gut Hormones: Rouen-Y Gastric Bypass and Sleeve Gastrectomy Surgery. Current Obesity Reports. Vol. 4. Num. 2. 2016. p. 279-286.

-McGrice, M.; Don Paul, K. Interventions to improve long-term weight loss in patients following bariatric surgery: challenges and solutions. Diabetes, Metabolic Syndrome and Obesity: Targets and Therapy. Vol. 8. 2016. p. 263-274.

-Medronho, R.A. Amostragem: Amostragem Não-probabilística. Epidemiologia. 2ª edição. São Paulo. Atheneu. 2011. Cap. 22. p. 412.

-Moraes, J.M.; Caregnato, R.C.A.; Schneider, D.S. Qualidade de vida antes e após cirurgia bariátrica. Acta Paulista Enfermagem. Vol. 27. Num. 2. 157-164. 2014.

-Mota, D.C.L. Comportamento Alimentar, Ansiedade, Depressão, e Imagem Corporal em Mulheres Submetidas à Cirurgia Bariátrica. Dissertação de Mestrado em Psicobiologia. Universidade de São Paulo. São Paulo. 2012.

-Mota, D.C.L.; Costa, T.M.B.; Almeida, S.S. Imagem corporal, ansiedade e depressão em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica. Psicologia: Teoria e Prática. São Paulo. Vol. 16. Num. 3. 2014. p. 100-113.

-Odom, J. Behavioral Predictors of Weight Regain after Bariatric Surgery. Obesity Surgery. Vol. 20. Num. 3. 2016. p. 349-356.

-Oria, H.E.; Moorehead, M.K. Bariatric Analysis and Reporting Outcome System (BAROS). OBES SURG. Vol. 8. 1998. p. 487-499.

-Rocha, A.C. comportamento e hábitos alimentares dos pacientes pós cirurgia bariátrica. Vol. 6. Num. 1. 2018. p. 13.

-Scabim, V.M.; Eluf, J.N.; Tess, B.H. Adesão ao seguimento nutricional ambulatorial pós-cirurgia bariátrica e fatores associados. Revista Nutrição. Vol. 25. Num. 4. 2012. p. 497-506.

-Silva, C.D.A. Perfil clínico de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 11. Num. 64. 2017. p. 211-216.

-Rosa, Q.P.P.; Alves, M.K. Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em mulheres adultas colaboradoras de uma unidade de alimentação e nutrição. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. Vol. 11. Num. 66. 2017. p. 428-436.

-Tonatto-Filho, A.J. cirurgia bariátrica no sistema público de saúde brasileiro: o bom, o mau e o feio, ou um longo caminho a percorrer. sinal amarelo! ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva. Vol. 32. Num. 4. 2019.

-Viana, V.; Sinde, S. Estilo alimentar: Adaptação e validação do Questionário Holandês do Comportamento Alimentar. Psicologia: Teoria, Investigação e Prática. Vol. 8. p. 59-71. 2003.

Publicado
2022-03-29
Como Citar
Silva, J. M. da, Prestes, M. C., Riper, V., Nobre, J. A. S., & Córdoba, G. M. C. (2022). Tempo de realização de cirurgia e sua relação com as atitudes alimentares de mulheres bariatrizadas. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 15(92), 169-179. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1659
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original