Quantificação de usuários do antidepressivo flouxetina nas academias multmúsculos e world sport nos municípios de Arcoverde de Belo Jardim em Pernambuco
Resumo
O presente trabalho teve como estudo realizar o levantamento de pessoas que freqüentam as academias Multmúsculos e World Sport em Arcoverde e em Belo Jardim, ambas em Pernambuco, que utilizam o antidepressivo fluoxetina para fins de emagrecimento. Dentre os fármacos mais falados e utilizados nos dias de hoje quando se fala em emagrecimento está às anfetaminas, e mais precisamente a fluoxetina. O Brasil hoje é líder no consumo dessas anfetaminas, substâncias presente nos remédios moderadores de apetite. Durante a avaliação física feita com os alunos nas academias foram colhidas informações pertinentes ao uso de medicamentos em uma das perguntas. Sendo a resposta positiva verificou-se qual remédio utilizava, há quanto tempo, por quem foi prescrito e para qual objetivo. Das 1821 pessoas analisadas mais de 13% faziam uso do fármaco fluoxetina para fim de emagrecimento, desses, cerca de 11% eram do gênero masculino e 88 % feminino, mostrando que as mulheres são as que mais utilizam essa droga para emagrecer. Nos dados coletados também se verificou que mais de 90% utilizaram por prescrição médica, só que 40% das prescrições foram feitas por uma ginecologista. A fluoxetina hoje é a substância mais passada por médicos no que se refere a emagrecimento, foi possível verificar a imensa falta consciência tanto por parte dos médicos como também pelas pessoas usuárias da fluoxetina, pois as mesmas apesar de saberem dos males causados pelo uso dessa substância ainda assim a utilizam simplesmente para obter um corpo um pouco melhor e se sentirem mais magras.
Referências
- Bourdieu, P. Sobre a televisão. 1997. Rio de Janeiro: Zahar.
- Chaves, S.F. Em cena o corpo: sentidos que circulam com o corpo nas propagandas de televisão. Dissertação (Mestrado)- Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Universidade Gama Filho. Rio de Janeiro. 1999.
- Estevão, A.; Bagrichevsky, M. Cultura da “corpolatria” e Body-Building: Notas para reflexão, Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo. Vol. 3. Num. 3. 2004. p. 13-25.
- Garcia, A.B. Da estética privada, para uma estética pública: implicações na educação física do fetiche, Revista digital. Buenos Aires. ano 10. Num. 86. 2005.
- Laranjeira, R.; Oliveira, R.; Nobre, N.R.C.; Bernardo, W.M. Usuários de substancias psicoativas: abordagens, diagnóstico e tratamento. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. 2002.
- Manske, G.S. A cultura do esporte na produção de identidades juvenis. Ed. Libos del rojas. Buenos Aires. 2006.
- Novaes, J.S. O corpo na academia. Rio de Janeiro. Ed. Shape. 2001.
- Sudo, I.; Vasconcelos, N. A.; Sudo, N. Um peso na alma: Um corpo gordo e a mídia. Revista Mal-Estar e Subjetividade. Fortaleza. Vol. 4. Num. 1. 2004. p. 65-93.
- Sabino, C. Lógica da diferença e androlatria: O caso das mulheres das academias de musculação. 2003. (Doutorando em antropologia do instituto de filosofia e ciências sociais). Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2003.
- Silva, M.R.; Silva, H.; Lebre, E. Sintomatologia depressiva e imagem corporal em jovens do sexo feminino. 2003. Universidade do Porto. 2003.
- Silva, A.M. Corpo, ciência e mercado. Campinas: Autores Associados. Florianópolis. Editora da UFDC. 2001.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).