Educação alimentar e nutricional com alunos, pais e colaboradores de uma escola municipal da região metropolitana de São Paulo

  • Luiza Steimbach Kniss Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Denis dos Santos Shiguemoto Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Leslie Andrews Portes Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Natália Miranda da Silva Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Danielle Pereira Martins Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Marianne de Faria Chimello Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
  • Marcia Maria Hernandes de Abreu de Oliveira Salgueiro Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.
Palavras-chave: Alimentação escolar, Estado nutricional, Educação alimentar e nutricional, Consumo alimentar

Resumo

Introdução e objetivo: O ambiente escolar auxilia na transformação do conhecimento adquirido em mudanças comportamentais, pois alunos, pais, funcionários e professores se envolvem de maneira dinâmica no processo de mudanças. Este trabalho teve por objetivo traçar o perfil de alunos, pais e colaboradores de uma escola municipal da região metropolitana de São Paulo, em relação às características sociodemográficas, antropométricas, do consumo alimentar e outros hábitos de vida e sensibilizá-los para adoção de uma alimentação saudável. Materiais e Métodos: Foi um estudo de intervenção realizado com 23 pais, 27 colaboradores e 258 alunos. O estado nutricional dos pais e colaboradores foi avaliado pelo índice de Massa Corporal, correlacionando-o a classe socioeconômica, escolaridade e ao consumo alimentar. O estado nutricional dos alunos foi determinado pelos índices Estatura para Idade, Peso para Idade, e IMC para Idade em escore-Z de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Resultados: Os pais exibiram idade média menor que os colaboradores, 75% dos pais e 85% dos colaboradores apresentaram excesso de peso. Os pais obtiveram menor escolaridade que os colaboradores. Os colaboradores pertenciam às classes socioeconômicas A+B enquanto os pais às classes C+D+E. Quanto aos alunos, 30% apresentaram excesso de peso. Discussão e conclusão: Conclui-se que o grupo estudado apresentou excesso de peso. Os colaboradores são mais velhos, têm maior escolaridade e nível socioeconômico que os pais e 70% destes necessitam melhorar o consumo alimentar e outros hábitos de vida.

Biografia do Autor

Luiza Steimbach Kniss, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Graduanda de Nutrição do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Brasil.

Denis dos Santos Shiguemoto, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Graduando de Nutrição do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Brasil.

Leslie Andrews Portes, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Profissional de Educação Física, fisiologista do exercício; Doutorando em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo; Docente do curso de Mestrado em Promoção da Saúde e dos cursos da área da saúde do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Brasil.

Natália Miranda da Silva, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Nutricionista pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Brasil.

Danielle Pereira Martins, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Graduanda de Nutrição do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP) e bolsista PIBIC, Brasil.

Marianne de Faria Chimello, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Graduanda de Nutrição do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP) e aluna da Iniciação Cientí­fica, Brasil.

Marcia Maria Hernandes de Abreu de Oliveira Salgueiro, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), São Paulo-SP, Brasil.

Doutora e Mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da USP; Professora do curso de Nutrição e do Mestrado em Promoç˜ão da Saúde e coordenadora do curso de Pós-graduação em Nutrição Clí­nica Ambulatorial do Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP, Brasil.

 

Referências

-Abep. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa-ABEP. Critério de Classificação Econômica Brasil 2016. Disponível em: <http://www.abep.org/codigosguias/ABEP_ CCEB.pdf>

-Alves, I.P.; Campos, A.A.; Aline de Araújo, C.; Santiago, D.E.; Portes, L.A.; Kutz, N.A.; Salgueiro, M.M.H.A.O. Estado nutricional de crianças em creches de Carapicuíba-SP comparado ao de seus pais. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. São Paulo. Vol. 12. Num. 3. 2018. p. 310-322.

-Brasil. Conselho Federal de Nutricionistas. Dispõe sobre as atribuições do Nutricionista, estabelece parâmetros numéricos mínimos de referência no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE) e dá outras providências. Resolução CFN N°465, de 23 de agosto de 2010.

-Brasil. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para políticas públicas. Brasília. 2012a. Disponível em: <https://www.nestle.com.br/nestlenutrisaude/Conteudo/diretriz/Marco_Referencia_de_Educacao_Nutricional_Alimentar.pdf>.

-Brasil. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar -PNAE. Resolução CD/FNDE no26, de 17 de junho de 2013.

-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira: Promovendo a Alimentação Saudável. Brasília. 2008. 210 p.

-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola. Brasília. 2009b. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_24.pdf>.

-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde. 2011. Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf>.

-Brasil. Presidência da República Casa Civil. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis no10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória no2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei no8.913, de 12 de julho de 1994; e dá outras providências. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. Brasília. 2009.

-Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. VIGITEL 2016. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília. 2017. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/02/vigitel-brasil-2016.pdf>.

-Deminice, R.; Laus, M.F.; Marins, T.M.; Silveira, S.D.O.; Dutra de Oliveira, J.E. Impacto de um Programa de Educação Alimentar sobre conhecimentos, práticas alimentares e estado nutricional de escolares. Revista Alimentos e Nutrição. Vol. 18. Num. 1. 2007. p. 35-40.

-SBP. Departamento científico de nutrologia. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação do departamento de nutrologia: alimentação do lactente ao adolescente, alimentação na escola, alimentação saudável e vínculo mãe-filho, alimentação saudável e prevenção de doenças, segurança alimentar. 3ªedição. Rio de Janeiro: SBP. 2012. p. 152. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/14617a-pdmanualnutrologia-alimentacao.pdf>.

-Eskenazi, E.M.S.; Coletto, Y.C.; Agostini, L.T.P.; Fonseca, F.L.A. Castelo, P.M. Fatores socioeconômicos associados à obesidade infantil em escolares do município de Carapicuíba (SP, Brasil).Revista Brasileira de Ciências da Saúde. João Pessoa. Vol. 22. Num. 3. 2018. p. 247-254.

-Heisler, E.V.; e colaboradores. Teatro de fantoches: uma estratégia para educação em saúde de escolares. Temas em Educação. Vol. 23. Num. 1. 2014. p. 98-106.

-IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro. IBGE. 2011. 150 p.

-Lima, D.F.; Malacarne, V.; Strieder, D.M. O papel da escola na promoção da saúde -uma mediação necessária. Eccos Revista Científica. São Paulo. Num. 28. 2012. p.191-206.

-Malta, D.C.; Cezário, A.C.; Moura, L.; Morais Neto, O.L.; Silva Junior, J.B. A construção da vigilância e prevenção das doenças crônicas não transmissíveis no contexto do Sistema Único de Saúde. Epidemiologia e Serviços de Saúde. Rio de Janeiro. Vol. 15. Num. 3. 2006. p. 47-65.

-Moura, A.F.; Lima, M.G.A. Reinvenção da roda: roda de conversa: um instrumento metodológico possível. Revista Temas em Educação. João Pessoa. Vol. 23. Num. 1. 2014. p. 98-106.

-Pacheco, S.S.M. O hábito alimentar enquanto um comportamento culturalmente produzido. InFreitas, M.C.S.; Fontes, G.A.V.; Oliveira, N. Escritas e narrativas sobre alimentação e cultura. Salvador. Edufba. 2008.

-Pedreira, K.R.A. Impacto de uma intervenção nutricional no conhecimento e estado nutricional de escolares: aspectos favoráveis e desfavoráveis para a adoção de uma alimentação saudável. Dissertação de Mestrado. UNASP-SP. São Paulo. 2018.

-Silva, K.G.; Freitas, B.A.; Furgêncio, G.K.; Portes, L.A; Kutz, N.A.; Salgueiro, M.M.H.A.O. Relação entre a qualidade de vida e o consumo alimentar de professores de rede privada. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online. Rio de Janeiro. Vol. 9. Num. 4. 2017. p. 962-970.

-Silva, S.U.; Monego, E.T.; Sousa, L.M.; Almeida, G.M. As ações de educação alimentar e nutricional e o nutricionista no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. Vol. 23. Num. 8. 2018. p. 2671-2681.

-Souza, S.B.; Martins, T.A.; Oliveira, L.N.; Alencar, V.K.A.A.; Salgueiro, M.M.H.A.O. Relação entre o estado nutricional de estudantes e a escolaridade dos pais de uma escola municipal em Embu das Artes. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Vol. 23. Num. 4. 2013. p. 38-42.

-UDEMO. Sindicato de Especialistas da Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo. Trabalhando com Alunos: Subsídios e Sugestões: O Professor como Mediador no Processo Ensino Aprendizagem. 2012. Disponível em: <http://www.udemo.org.br/RevistaPP_02_05Professor.htm>.

-Unesco. Organização das Nações Unidas para a Educação. A Ciência e a Cultura. São Paulo. 2004. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000134925>

-WHO. World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva. 1995. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/37003/WHO_TRS_854.pdf?sequence=1>.

-Zanirati, V.F.; Paula, D.V.; Botelho, L.P.; Lopes, A.C.S.L.; Santos, L.C. Impacto de oficinas de educação alimentar no perfil nutricional de crianças inseridas no programa escola integrada. Revista de APS -Atenção Primária à Saúde. Vol. 14. Num. 4. 2011. p. 408-416.

Publicado
2020-10-17
Como Citar
Kniss, L. S., Shiguemoto, D. dos S., Portes, L. A., da Silva, N. M., Martins, D. P., Chimello, M. de F., & Salgueiro, M. M. H. de A. de O. (2020). Educação alimentar e nutricional com alunos, pais e colaboradores de uma escola municipal da região metropolitana de São Paulo. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 13(83), 1078-1090. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1131
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original