Prevalência de sobrepeso e obesidade através do í­ndice de massa corpórea dos funcionários noturnos de um hospital público de Salvador-BA

  • Jaciene Braz de Oliveira Menezes Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Obesidade e Emagrecimento. Nutricionistas do Hospital Geral do Estado - Salvador - Bahia. Nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde
  • Rita de Cássia Leal Sampaio Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Obesidade e Emagrecimento. Nutricionistas do Hospital Geral do Estado - Salvador - Bahia
  • Rita de Cássia Sales Da Silva Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Obesidade e Emagrecimento. Nutricionistas do Hospital Geral do Estado - Salvador - Bahia. Professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências
  • Francisco Navarro Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Obesidade e Emagrecimento. Coordenador e Professor dos Cursos de Pós-Graduação Lato-Sensu da UGF em Fisiologia do Exercí­cio - Prescrição de Exercí­cio, Obesidade e Emagrecimento e Nutrição Esportiva. IBPEFEX - Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercí­cio
Palavras-chave: IMC, Índice de massa corpórea, Sobrepeso, Obesidade, Trabalho noturno

Resumo

A obesidade é altamente prevalente entre algumas categorias profissionais que tem o seu horário de trabalho alterado. Diversos estudos indicam que os indivíduos que dormem menos apresentam uma maior possibilidade de se tornarem obesos. Esta pesquisa objetivou identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade entre os funcionários noturnos de um hospital público de Salvador-Bahia. Método: estudo transversal com amostra de 193 funcionários que foram avaliados através do índice de massa corpórea (IMC), sendo considerado sobrepeso aqueles indivíduos com IMC entre 25 a 29,9 kg/m² e obesidade igual ou superior a 30 kg/m² e as variáveis estudadas: idade, gênero e tempo de trabalho noturno. As análises dos resultados mostraram que 43,52% apresentam sobrepeso e 21,76% obesidade, ou seja, 65,28% da população analisada estão com excesso de peso. Foi observado pela literatura científica estudada que as alterações biológicas, psicológicas e sociais ocorridas com os trabalhadores de turnos, os tornam uma população de risco.

Referências

- Abrantes, M.M; Lamounier, J. A.; Colosimo, E.A. Prevalência de sobrepeso e obesidade nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Revista Associação Média Brasileira; 49(2): 162-6. 2003.

- Anjos, L.A. Índice de massa corporal como indicador do estudo nutricional de adultos: revisão de literatura. Revista. Saúde Pública. vol. 26 num. 6. São Paulo. Dec. 1992.

- Bernard, F.; Cichelero, C.; Vitolo, M.R. Comportamento de restrição alimentar e obesidade. Revista Nutrição Campinas, 18 (1): 85-93, jan./fev. 2005.

- Brandão, A.P.; e colaboradores. Como integrar as metas das diretrizes sobre hipertensão, dislipidemia e diabetes à prática clínica. Revista SOCERJ – abr./mai./jun. vol. 17 num. 2. P. 71-82. 2004.

- Carneiro, G.; e colaboradores. Influência de distribuição de gordura corporal sobre a prevalência de hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular em indivíduos obesos. Revista da Associação Médica Brasileira, 49 (3): 306-11. 2003.

- Crispim, A.; e colaboradores. Relação entre sono e obesidade: uma revisão da literatura. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo, 51 (7): 1041-1048. 2007.

- Cuppari, L. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica no adulto. Barueri, São Paulo. Manole. 2002.

- Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Organização Pan-Americana de Saúde. Brasília. 2003.

- Fisher, F.M.; e colaboradores. Percepção de sono: duração, qualidade e alerta em profissionais da área de enfermagem. Cadernos Saúde Pública, Rio de Janeiro. 18 (5): 1261-1269, set./out. 2002.

- Francischi, e colaboradores. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Revista de Nutrição Campinas, 13 (1): 17-28, Jan. /abr. 2000.

- Gaspar, S.; Moreno, C.; Menna-Barreto, L. Os plantões médicos, o sono e a ritmicidade biológica. Revista da Associação Médica Brasileira, 44 (3): 239-45. 1998.

- Ghiasvand, M.; e colaboradores. Shift working and risk of lipid disorders: A cross-sectional study. Lipids in health and disease 2006.

- Gigante, D.P.; e colaboradores. Prevalência de obesidade em adultos e seus fatores de risco. Revista Saúde pública, 31 (3): 236-46. 1997.

- Halpern, Z.S.C.; Rodrigues, M.D.B.; Da Costa, R.F. Determinantes fisiológicos do controle do peso e apetite. Revista Psiquiatria Clínica. 31 (4): 150-153. 2004.

- Mark, A.V.; e colaboradores. Shift work and pathological conditions. Journal of Occupational Medicine and toxicology. P. 1:25. 2006.

- Moraes, T.S. Intervenção nutricional no tratamento de pacientes obesos. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo vol. 1. num. 3. P. 38-46, maio/jun., 2007.

- Moreno, C.R.C.; Fisher, F.M.; Rotenberg, L. A saúde do trabalhador na sociedade 24 horas. São Paulo em perspectiva, 17 (1): 34-46. 2003.

- Moreno, C.R.C.; Louzada, F.M. What happens to the body when one works at night? Cadernos Saúde Pública. Rio de Janeiro. 20 (6): 1739-1745, Nov. /dez. 2004.

- Neves, W.S.; e colaboradores. Cronobiologia e suas aplicações na prática médica. Revista HB Científica - vol. 7 num. 1, jan. /fev./mar./abr. 2000.

- Nogueira, M.L.F. Afastamento por adoecimento de trabalhadores de enfermagem em oncologia. Dissertação de Mestrado. UNIRIO, Rio de Janeiro. 2007.

- Parkes, K.R. Shift work and age as interactive predictors of body mass index among offshore workers. Scond J. Work Environ Health. 28 (1): 64-71. 2002.

- Pereira, L.O.; Francischi, R.P.; Lancha Jr.; A.H. Obesidade: hábitos nutricionais, sedentarismo e resistência à insulina. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo. Vol. 47. num. 2. Abril 2007.

- Pitanga, F.J.G.; Lessa, I. Associação entre indicadores antropométricos de obesidade e risco coronariano em adultos na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 10 (2): 239-48. 2007.

- Pinheiro, A.R.O.; De Freitas, S.F.T.; Corso, A.C.T. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista de Nutrição, Campinas, 17 (4): 523-533 out./dez. 2004.

- Rodrigues, T.C.; Canani, L.H.S. Os efeitos do trabalho em turnos no controle metabólico de pacientes diabéticos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo, 51/9, 2007.

- Rotenberg, L.; e colaboradores. Gênero e trabalho noturno: sono, cotidiano e vivências de quem troca a noite pelo dia. Cadernos Saúde pública, Rio de Janeiro. 17 (3): 639-649 mai. /jun. 2001.

- Sharifian, A.; e colaboradores. Shift work as an oxidative stressor. Journal of circadian rhythms, 3:15, dec., 2005.

- Silva, A.P. Trabalho, noite e sono: uma investigação sobre saúde e o trabalho noturno. Tese (doutorado). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006.

- Souza, R.M.R.; e colaboradores. Prevalência de sobrepeso e obesidade entre funcionários plantonistas de unidades de saúde de Teresina, Piauí. Revista Nutrição, Campinas, 20(5): 473-482, set /out. 2007.

- Tepas, D.; e colaboradores. The impact of night work on subjective reports of well-being: an exploratory study of health care workers from five nations. Revista Saúde Pública, 38 (supl.): 26-31. 2004.

- Waterhouse, J.; e colaboradores. Measurement of, and some reasons for, differences in eating habits between night and day workers. Chronobiology international, vol. 20. Num. 6. p. 1075 – 1092. 2003.

Publicado
2012-01-28
Como Citar
Menezes, J. B. de O., Sampaio, R. de C. L., Silva, R. de C. S. D., & Navarro, F. (2012). Prevalência de sobrepeso e obesidade através do í­ndice de massa corpórea dos funcionários noturnos de um hospital público de Salvador-BA. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 2(11). Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/105
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original