Relação da síndrome de Down com a obesidade
Resumo
Objetivo. A alta prevalência de Obesidade em pacientes com Síndrome de Down tem sido descrita em vários paises. O presente estudo tem como principal objetivo fazer uma revisão da literatura científica sobre Síndrome de Down e obesidade. Revisão da Literatura. A obesidade pode ser definida de forma objetiva como a situação orgânica de excesso de tecido adiposo. Os pacientes com Síndrome de Down têm uma regra geral, tendência para o excesso de peso nos Estados Unidos da América, por exemplo, onde dados a respeito deste problema estão disponíveis, por volta dos nove anos de idade, uma boa parte das crianças com Síndrome de Down esta acima do percentual 95 para o peso. Nos adultos com Síndrome de Down, a obesidade costuma ser um problema importante. Estudos mostram que 96% das mulheres e 71% dos homens apresentam peso acima do desejável. Os distúrbios da tireóide têm sido associados à Síndrome de Down (SD) em 28 a 64% dos adultos acometidos. As alterações da tireóide nos portadores da Síndrome de Down foram relatadas por muitos autores. As manifestações clinicas podem variar do hipertireoidismo ao hipotireoidismo, sendo este ultimo o mais freqüente. Conclusão. Deve-se ressaltar porem, que e possível à conversão de obesidade em portadores da Síndrome de down. O controle pode ser difícil nos casos de hipotonia, hipoatividade que pode ter reduzido gasto calórico. Lembrando que a abordagem da obesidade deve ser feita por educação do paciente e da família, restrição dietética, exercícios físicos e, eventualmente medicamentos.
Referências
- Almeida, C.A.N.; Baptista, M.E.C.; Almeida, G.A.N.; Ferraz, V.E.F. Obesidade infantil: uma proposta de classificação clinica. Revista de Pediatria. São Paulo. Vol. 26. Num. 4. 2004. (p.257-267).
- Alves, J.G.B. Atividade física em crianças: promovendo a saúde do adulto. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife. Vol. 3. num. 1. 2003. p.(5-6).
- Arnell, H.; e colaboradores. Growth and pubertal development in Down Syndrome. Acta Paediatr, 85:1102-6, 1996.
- Aurélio, S.R.; e colaboradores. Análise comparativa dos padrões de deglutição de crianças com paralisia cerebral e crianças normais. Rev. Bras. Otorrinolaringol, São Paulo, vol. 68, n. 2, p. 167-173. março./abril. 2002.
- Brooks, D.N.; Wooley, A.; Kanjilal, D.; Hearing loss and middle ear disorders in patients with Down’s syndrome (Mongolism). J Ment Def Res, 16:21, 1972.
- Calvert, S.D.; Vivian, V.M.; Calvert, G.P.; Dietary adequacy, feeding practices, and eating behavior of childrem with Down’s syndrome. J Am Dietetic Assoc, 60:152-6, 1976.
- Carakushansky, G. Síndrome de Down. In: Carakushansky G. Doenças Genéticas em Pediatria. Rio de Janeiro: Quanabara Koogan; 2001
- Colombo, M.L.; e colaboradores. La funzionalita tiroidea in bambini affetti da síndrome di Down. Min Ped, 44(12): 11-6, 1992.
- Chad, K.; Jobling, A.; Frail, H. Metabolic rate: a factor in developing obesith in children with Down syndrome. Am J Mental Retard, 95: 228-35, 1990.
- Chumlea, W.C.; Cronk, C.E. Overweight among children with trisomy 21. J Mental Def Res, 25: 275-9, 1981.
- Clementi, M.; e colaboradores. Neonatal growth patterns in a population of consecutively born Down syndrome children. Am J Med Genet, 7(suppl):71-4, 1990.
- Cronk, C.; e colaboradores. Growth charts for children with Down syndrome: 1 month to 18 years of age. Pediatrics, 81(1):102-10, 1988.
- Dias, Vera M.A.; e colaboradores. Avaliação etiológica da hipertirotropinemia em crianças com síndrome de Down. J. Pediatr. (Rio J.), Fev 2005, vol. 81, no. 1, p. 79-84
- Engel, J. Avaliação em Pediatria, 3 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, Editores, 2002.
- Escrivão, M.A.M.S.; Lopes, F.A. Prognostico da obesidade na Infância e na Adolescência. In: Fisberg, M. (Ed.). Obesidade infância e adolescência. São Paulo. Fundo editorial BYK, 1995. P. 146-155.
- Fontana, J.D. Jornal Estado Ciência. Obesidade infanto-juvenil e outros desvios. Curitiba, Domingo, 24 jul 2005.
- Fonkalsrud, E.W.; De Lorimier, A.A.; Hayys, D.M. Congenital atresia and stenosis of the duodenum. Pediatrics, 43:79-83, 1969.
- Garrow, J.S. Is it possible to prevent obesity Infusiotherapie, 17(1):2831-35, 1990.
- Kanavin, O.J.; Aaseth, J.; Birketvedt, G.S. Thyroid hypofunction in Down's syndrome: is it related to oxidative stress? Biol Trace Elem Res. 2000; 78 (1-3):35-42.
- Luke, A.; e colaboradores. Energy expenditure in children with Down syndrome. Correcting metabolic rate of movemet. J Pediatr, 125(5):829-38, 1994.
- Marques, A.C.; Nahas, M.V. Qualidade de vida de pessoas portadoras da Síndrome de Down, com mais de 40 anos, no Estado de Santa Cararina: Revista Brasileira ciências e Movimento. Brasília. Vol. 11. Num. 2. 2003. (p.55-61).
- Mccoy, E. Endocrine Conditions in Down Syndrome. National Down Syndrome Society, New York, 1992.
- Moreira, L.M.A.; El-Hani, C.N.; Gusmão, F.A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Rev Bras Psiquiatr. 2000; 22(2):96-9.
- Mustacchi decisão. 2000. Tese de Doutorado - Universidade Federal de Santa Catarina.
- Oliveira, S.L. Tratado de metodologia científica, 2 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
- Organização Mundial da Saúde _ Physical status:the use and interpretation of antropometry geneva, WHO, 1995. (tehinical report series n.854).
- Pellestor, F. Differencial distribuition of aneuploydyin human gametes according to their sex. Human reprod, 6:1252-8, 1991.
- Prasher, V.P.; e colaboradores. Peditric disorders among children with Down syndrome and learning disability. Dev med Child Neurol, 37: 131-4, 1995.
- Rimmer, J.H. Health promotion for people with disabilities; the emrging paradigm shift from disability prevention secondary conditions. American Jornal of Health Promotion, 1999; 79(5), 495-502.
- Rogers, P.T.; Coleman, M. Is obesity inevitable? in: Rogers PT e Coleman M- Medical care in Down syndrome. New York, Ed. Marcel Dekker, 1992. p. 257-65.
- Schwartzman, J.S. Aspectos epidemiologicos e geneticos. In; Schwartzman JS, Organizador. Síndrome de Down. 2°ed. São Paulo. Mackenzie; 2003. cap.v, p. 90-110.
- Schwartzman, J.S.; Vitolo, M.R. Síndrome de Down. Abordagem Nutricional na Síndrome de Down. 2°ed. São Paulo. Mackenzie. 2003. (p.82-126).
- Silvia, R.C.R.; Malina, R.M. Sobrepeso, atividade física e tempo de televisão entre adolescentes de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Ciências e Movimento, Brasília, vol. 11, num. 4. 2003. p. 63-66.
- Taddei, J.A.A.C. Epidemiologia da obesidade na infancia. In: Fisberg M – Obesidade na infância e adolescência. São Paulo, Fundo Editorial Byk,1995. p. 84-90.
- Torrado, C.; e colaboradores. Treatment of children with Down syndrome and growth retardation with recombinant human growth hormone. J pediatr,119: 478-83, 1991.
- Vitolo, M.R.; Valverde, M.A. Tratamento dietético da criança obesa. In: Fisberg M Obesidade na infância e adolescência. São Paulo, fundo Editorial Byk,1995. p. 84-90.
- Viuniski, N. Obesidade Infantil: Um Guia Pratico. Ed. 1°, Rio de Janeiro: EPUB, 2002.
- Wilson, S.K.; Hutchins, G.M.; Neill, C.A. Hypertensive pulmonary vascular disease in Down syndrome. J Pediatr 1979 nov. 95 (5 Pt 1); 722-6.
- Zori, R.T.; Schatz, D.A.; Oster, H.; Williams, C.A.; Spillar, R.; Riley, W.J. Relationship of autoimmunity to thyroid dysfunction in children and adults with Down Syndrome. Am J. Med Genet (Suppl), 7: 238-241, 1990.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).