Processo de reeducação alimentar no controle da obesidade na população de baixa renda
Resumo
Introdução: A prevalência do sobrepeso e da obesidade vem tomando vulto de epidemia em todo o mundo. No Brasil, cresce mais na população de baixa renda. Diversos fatores podem contribuem, como: a genética, fatores sociais e culturais entre outros. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre o tratamento da obesidade através da reeducação alimentar. Revisão da literatura: As diferentes localizações do tecido adiposo possuem grau metabólico e endócrino diferenciado, interferindo de forma específica nos processos inerentes a adiposidade corporal. Dados sobre alimentação dos brasileiros revelam que a população consome muitos alimentos com alto teor de açúcar - principalmente refrigerantes - e poucas quantidades de frutas e hortaliças. A transição alimentar vem explicar esta alteração nos hábitos na população de baixa renda. O tecido adiposo é um grande órgão endócrino que secretam vários hormônios denominados citocinas, os quais caracterizam o obeso como um indivíduo inflamado. A proposta de reeducação alimentar para a população de baixa renda deverá estar associada à prática do exercício físico, de lazer e socialização. Conclusão: É de fundamental importância que o poder público assuma a questão da obesidade como problema de saúde pública.
Referências
- Boog, M.C.F. Contribuição da Educação Nutricional à Construção da Segurança Alimentar. Saúde em Revista: Segurança Alimentar e Nutricional. São Paulo. Vol. 6. Num. 13. p. 17-23. Maio/Agosto, 2004.
- BRASIL - Ministério da Saúde. Guia Alimentar Para a População Brasileira: Promovendo Uma Alimentação Saudável. Secretaria de Atenção Básica, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Brasília. 2006. 210p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
- BRASIL - Ministério da Saúde. Obesidade. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.- Brasília. 2006. 108p (Cadernos de Atenção Básica, Num. 12 (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
- BRASIL – Ministério da Saúde. Estudo Nacional de Despesa Família. ENDEF.1974
- Brusset, B.; Couvreur, C.; Vindreau, C.; Jeammet, P.; Fine, A. McDougall, J.A. Bulimia.1ªed. São Paulo. Editora Escuta. 2003. Cambraia, R. P. B. Aspectos Psicobiológicos do Comportamento Alimentar. Revista de Nutrição. Campinas. Vol.17. Num. 2. 2004. p. 217-225.
- Cavalcanti, P.R. Crenças e Influências Sobre Dietas de Emagrecimento Entre Obesos de Baixa Renda. Revista Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. Vol. 12. Num. 6. Nov/Dez/2007.
- Chor, D. Saúde Pública e Mudanças de Comportamento: Uma Questão Contemporânea. Caderno Saúde Pública. Rio de Janeiro. Vol. 15. Num. 2. Abr-Jun.1999. Scientific American/Brasil. Num. 65. 2007. p. 30-73.
- Cingolani, H.E.; Houssay A.B. Fisiologia Humana de Houssay. 7 ed. Atual. Ampl. Artmed, 2004.
- Cuppari, L.; Nutrição Clínica no Adulto. 2ªed. São Paulo. Editora Manole. 2005. p. 129-188.
- Dietary Reference Intakes for Individuals, 2004.
- Ferreira e colaboradores. Hipertensão, Obesidade Abdominal e Baixa Estatura: Aspectos da Transição Nutricional Em Uma População Favelada. Revista de Nutrição, Campinas. Vol. 18. Num. 2. Março/Abril. 2005. p. 209-218.
- Filho, F.F.R.; Mariosa, L.S.; Ferreira, S.R. G.; Zanella, M.T. Gordura vísceral e síndrome metabólica: mais que uma simples associação. Arquivos Brasileiros de Metabologia. São Paulo. Vol. 50. Num. 2. Abril. 2006. p. 230-238.
- Fonseca-Alaniz, M.H.; TaKada, J.; Alonso-Vale, M.I.; Lima, F.B.; O tecido adiposo como órgão endócrino: da teoria à prática. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro. 2007. (5Suppl). p.192-203.
- Fonseca, S.M. Atas da reunião do grupo de reeducação alimentar da unidade básica de saúde e unidade de referência secundária Campo Sales. Sercretaria Municipal de Saúde, Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2007.
- Freitas, Maria C.; Agonia da Fome. 1ªed. Rio de janeiro. Editora Fiocruz. 2003.
- Godoy-Matos, F e colaboradores. O Sistema Endocanabinóide: Novo Paradigma no Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. Vol. 50. Num. 2. Abril. 2006. p. 390-399.
- Hauser, C.; Benetti, M.; Rebelo, F.P.V. Estratégias Para o Emagrecimento. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Num. 1. Florianópolis. Vol. 6. 2004. p. 72-81.
- Hermsdorff, H.H.M.; Monteiro, J.B.R. Gordura vísceral, subcutânea ou intramuscular: Onde Está o Problema? Arquivos Brasileiro de Endocrinologia. Metabologia. Viçosa. Vol. 48. Num. 6. 2004. P. 803-811.
- Institute of Medicine. Dietary Reference Intake – The essencial guide to nutrient requirements. Washington, D. C. The Academies Press, 2006.
- Lima, A.C.C.F.; Hamann, E.M.; Marinho, M.C.S. Práticas e Mudanças no Comportamento Alimentar na População de Brasília, DF, Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Vol. 7. Num. 3. Recife. Jul./Set. 2007. p. 1590-1519.
- Malaquias Filho, B. A Transição Nutricional no Brasil: Tendências Regionais e Temporais. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro. Vol. 19 (Sup.1). 2003. S181-S191
- Matos, A.F.G.; Moreira, R.O.; Guedes, E.P. Aspectos Neuroendócrinos da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. Rio de Janeiro. Vol. 47. Num. 4. 2003.
- Melby, C.; Hickey, M. Balanço Energético e Regulação do Peso Corporal. Sports Sciense Exchange. Vol. 48, Out/Nov/Dezembro-2006.
- Monteiro, C.A.; Costa, R.B.L. Mudanças na Composição de Adequação Nutricional da Dieta Familiar nas Àreas Metropolitanas do Brasil (1988-1996). Revista de Saúde Pública. Vol. 34. Num. 3. Junho. 2000. p. 251-58.
- Oliveira, D.C.O.; e colaboradores. Obesidade em Adultos de Segmentos Pauperizados da Sociedade. Revista de Nutrição. Vol. 16. Num. 2. Abr/Jun. 2003. p. 1415-5273.
- Marinho, P.M.; e colaboradores. Obesidade em Adultos de Segmentos Pauperizados da Sociedade. Revista de Nutrição. Vol. 16. Num. 2. Abr/Jun. 2003. p. 1415-5273.
- Philippi. Sonia. T.; Alvarenga, M.; Transtornos Alimentares: Uma Visão Nutricional. 1ª ed. São Paulo. Editora Manole. 2004.
- Pereira, J.M.; Helene, L.M.F. Reeducação Alimentar e Um Grupo de Pessoas Com Sobrepeso e Obesidade: Relato de Experiência. Revista Espaço Para a Saúde. Londrina. Vol. 7. Num. 2. 2006. p. 32-38.
- Pinheiro, A.R.O.; Freitas, S.F.T.; Corso, A.C.T. Uma Abordagem Epidemiológica da Obesidade. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 17. Num. 4. Out./Dez. 2004. p. 523-533.
- Poulin, J.P.; Proença, R.P.C.O. Espaço Social Alimentar: Um Instrumento para o Estudo dos Modelos Alimentares. Campinas. Vol. 16. Num. 3. Julho/Setembro. 2003. p. 245-256.
- De Lavor, A. Um padrão bem pouco saudável. Rio de Janeiro. RADIS - Comunicação em Saúde. Num. 56. Abril/2007. p.18-27.
- Robergs, R.A.; Roberts, S.O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício: para aptidão, desempenho e saúde. 1ª ed. São Paulo. Editora Phorte. 2002. p. 222-248.
- Cavalcanti, A.P.R.; e colaboradores. Crenças e Influências Sobre dietas de emagracimento entre obesos de baixa renda. Rio de Janeiro. Ciência e Saúde Coletiva. Vol. 12. Num. 6. Nov./dez. 2007. www.scielo.org.
- Tonial, S.R. Desnutrição e Obesidade: Faces Contraditórias na Miséria e na Abundância. 1ª ed. Recife. Editora Liceu. 2001.
- Vasconcelos, F.A.G. Combate á Fome no Brasil: Uma Análise Histórica de Vargas a Lula. Revista de Nutrição. Campinas. Vol.18. Num. 4. Julho/Agosto, 2005.
- Velasquez-Meléndez, G.G.; Martins. I.S.; Cervato, A.M.; Coelho, L.T.; Marucci, M.F.N.; Central obesity and mass index with stature relationship in São Paulo. Metropolitan Area. Instituto J. Obes 1999. Vol. 23. p. 639-44.
- Vitolo, M.R.; Cichelero. C.; Bernardi F. Comportamento de Restrição Alimentar e Obesidade. Revista de Nutrição. Campinas. Vol. 18. Num. 1. Jan./Fev. 2005.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).