Estratégias de educação nutricional nos grupos do projeto "De bem com a balança" de quatro Unidades Básicas de Saúde do município de Muriaé-MG
Resumo
O aumento da prevalência da obesidade e procurade hábitos de vida saudáveis da população, impulsionaram a criação de projetos para ajudar na promoção da saúde e prevenção de doenças. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da intervenção nutricional nas mudanças dos hábitos alimentares e no perfil antropométrico de participantes dos grupos “De bem com a balança” assistidos em quatro Unidades Básicas de Saúde do município de Muriaé-MG. Foram avaliados 70 participantes apresentando sobrepeso ou obesidade. Dois questionários foram aplicados, antes e após as intervenções, sobre hábitos alimentares, presença de patologia e hábito de vida, registro e acompanhamento das medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência de cintura). Observou-se que a intervenção nutricional foi capaz de promover alterações favoráveis nos hábitos alimentares, houve o aumento na frequência de consumo das frutas, legumes, verduras, feijão e leite, e diminuição do consumo de doces e frituras, e também aumento no consumo de água. Em relação às medidas antropométricas, não houve melhora significante, mas houve redução da prevalência de obesidade e houve diminuição de indivíduos com obesidade abdominal. Conclui-se que educação alimentar realizada nestes grupos foi importante e deve ser continuada no intuito de promoçãoda saúde e prevenção de doenças.
Referências
-Alvarez, T. S.; Zanella, M. T. Impacto de dois programas de educação nutricional sobre risco cardiovascular em pacientes hipertensos e com excesso de peso. Revista de Nutrição. Vol. 22. Núm. 1. p. 71-79. 2009.
-Amaral, T. P. Análise de uma intervenção educativa de alimentação e nutrição em servidores da Administração Regional de Planaltina-DF. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Nutrição. Faculdade de Ciências da Educação e Saúde do Centro Universitário de Brasília. Brasília. 2013.
-Andrade, K. A.; e colaboradores. Aconselhamentos sobre modos saudáveis de vida na Atenção Primária e práticas alimentares dos usuários. Revista da Escola de Enfermagem da USP. Vol. 46. Núm. 5. p. 1117-1124. 2012.
-Aquino, W. F. S.; Campos, S. A. S.; Friedrich, D. C. B. O olhar dos profissionais de saúde e de usuários de uma unidade básica de saúde sobre a educação nutricional. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. Vol. 1. Núm. 2. p. 215-223. 2007.
-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde. 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2008.pdf>. Acesso em: 21/02/2015.
-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília. Ministério da Saúde. 2011.
-Cervato, A. M.; e colaboradores. Educação nutricional para adultos e idosos: uma experiência positiva em Universidade Aberta para a Terceira Idade. Revista de Nutrição. Vol. 18. Núm. 1. p. 41-52. 2005.
-Duarte, M. J. D.; Oliveira, T. C. Conhecimento e forma de consumo de adoçantes e produtos dietéticos em indivíduos hipertensos e diabéticos do programa hiperdia de um PSF do município de Itabira, MG. Revista Digital de Nutrição. Vol. 2. Núm. 2. 2008.
-Filho, M. B.; e colaboradores. Anemia e obesidade: um paradoxo da transição nutricional brasileira. Caderno de Saúde Pública. Vol. 24. Núm. 2. p. 247-257. 2008.
-Franzoni, B.; e colaboradores. Avaliação da efetividade na mudança de hábitos com intervenção nutricional em grupo. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. Vol. 18. Núm. 12. 2013.
-Gomes, A. C. M.; e colaboradores. Impacto de estratégias de educação nutricional sobre variáveis antropométricas e conhecimento alimentar. Revista Brasileira de Promoção a Saúde. Vol. 26. Núm. 4. p. 462-468. 2013.
-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009. Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Ministério da Saúde. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Rio de Janeiro. 2010.
-Mendes-Netto, R. S.; e colaboradores. Ações Educativas para Promoção de Hábitos Alimentares Saudáveis: relato de uma experiência. Revista de Extensão Universitária da UFS. São Cristovão. Núm. 2. 2013.
-Monteiro, R. C. A.; Riether, P. T. A.; Burini, R. C. Efeito de um programa misto de intervenção nutricional e exercício físico sobre a composição corporal e os hábitos alimentares de mulheres obesas em climatério. Revista de Nutrição. Vol. 17. Núm. 4. 2004.
-Pinheiro,R. S.; Viacava, F.; Travassos, C. B. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 7. Núm. 4. p. 687-707. 2002.
-Pereira, P. F.; e colaboradores. Circunferência da cintura e relação cintura/estatura: uteis para identificar o risco metabólico em adolescentes do sexo feminino? Revista Paulista de Pediatria. Vol. 29. Núm. 3. p. 372-377. 2011.
-Oliveira, P. F. Alimentos funcionais: conhecimento e consumo entre hipertensos e diabéticos em unidades de saúde da família de Caruaru-PE. TCC de Graduação em Nutrição. Curso de Nutrição, Faculdade do Vale do Ipojuca. Caruaru. 2010.
-Rezende, F. A. C.; e colaboradores. Índice de Massa Corporal e Circunferência Abdominal: Associação com Fatores de Risco Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol. 87. Núm. 6. p. 728-734. 2006.
-Ribeiro, T. H. T.; e colaboradores. Revisão bibliográfica: Consumo de refrigerantes associados à obesidade. Adolescência e Saúde. Vol. 9. Núm. 4. 2012.
-Sousa, T. F.; e colaboradores. Fatores associados à obesidade central em adultos de Florianópolis, Santa Catarina: estudo de base populacional. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 14. Núm. 2. 2011a.
-Sousa, J. M. B.; e colaboradores. Obesidade e tratamento: desafio comportamental e social. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas. Vol. 1. Núm. 1. 2005.
-Sousa, R. E. B.; e colaboradores. Perfil nutricional de pacientes acompanhados pelo Programa Hiperdia em uma unidade de estratégia da família de Vila Velha-ES. Revista CERES. Vol. 6. Núm. 3. p. 139-150. 2011b.
-Teixiera, P. D. S.; e colaboradores. Intervenção nutricional educativa como ferramenta eficaz para mudança de hábitos alimentares e peso corporal entre praticantes de atividade física. Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 18. Núm. 2. 2013.
-World Health Organization. Obesity: Preventing and managing the global epidemic.Report of a WHO Consultation on Obesity. Geneva. WHO. 1998.
-World Health Organization. Growth reference data for 5-19 years. WHO reference 2007. Disponível em: <http://www.who.int/growthref/en/>. Acesso em: 24/06/2014.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).