Consumo de cálcio e risco de osteoporose em uma população de idosos
Resumo
Com o contínuo aumento da população idosa no mundo, existe cada vez mais a necessidade em estudar as características específicas deste grupo, visando conhecer suas necessidades e assim melhorar sua qualidade de vida. Desta forma, estudar as doenças que mais acometem esta população torna-se essencial. A osteoporose, por exemplo, é uma doença crônica bastante presente na terceira idade, considerada um problema de saúde pública, cujos principais fatores de risco se encontram na alimentação inadequada e no sedentarismo. Assim, este estudo teve por objetivo pesquisar a ingestão de cálcio entre 22 idosos participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade –UNATI, bem como estudar os fatores que interferem na sua absorção. Os idosos responderam a um formulário de frequência alimentar e a um recordatório alimentar de 24 horas, sendo posteriormente analisados os fatores de risco predominantes para o grupo. Foi observado um risco de inadequação na ingestão de cálcio em todos os participantes, resultado também do baixo consumo de produtos lácteos, como outros fatores de risco, como baixo consumo de vitamina D, e por parte de alguns participantes, o consumo frequente de cafeína e alto consumo de proteínas e fibras. Verificou-se que a maioria dos idosos apresentam adequada prática de atividade física e exposição ao sol frequente. Concluiu-se que a amostra estudada apresenta baixa ingesta de Cálcio e de vitamina D, o que pode ser considerado um risco para o desenvolvimento de algumas doenças, incluindo a osteoporose.
Referências
-Anderson, J.J.B. Nutrição e Saúde Óssea. In: Mahan, L.K.; Escott-Stump, S.; Krause. Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 11ª edição. São Paulo. Roca. 2005.
-Avanutri. Sistema de Avaliação Nutricional. versão 3.1.5. 2008.
-Bedani ,R.; Rossi, E.A. O consumo de cálcio e a osteoporose. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. Vol. 26. Núm. 1. p. 3-14. 2005.
-Belarmino, A.C.; e colaboradores. Avaliação do consumo de cálcio em mulheres saudáveis. Revista UNIARA. Núm. 16. 2005.
-Brito, A.C.; Pinho, L.G. Relação entre a ingestão de leite e a osteopenia e osteoporose em mulheres acima dos50 anos. Revista do INTO. Vol. 1. Núm. 1. 2008.
-Bueno, J.M.; e colaboradores. Avaliação nutricional e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos pertencentes à um programa assistencial. In: Ciência & Saúde Coletiva. Alfenas. 2008.
-Carvalho, C.M.R.G.; Fonseca, C.C.C.; Pedrosa, J.I. Educação para a saúde em osteoporose com idosos de um programa universitário: repercussões. Caderno Saúde Pública. 2004.
-Centers for Disease Control and Prevention -CDC.Healthy Aging for Older Adults. Disponível em: <http://www.cdc.gov/aging/> Acesso em 26/09/2008 às 20:31 horas.
-Chumlea, W,C.; Roche, A.F.; Steinbaugh, M.I. Estigmating stature from knee height for persons 60 to 90 years of age. Journal American Geriatric Society. Vol. 33. Núm. 2. 1985.
-Felipe, M.R. Atenção alimentar e nutricional à turistas idosos: um estudo da rede hoteleira de Balneário Camboriú-SC. Balneário Camboriú. 2006. Disponível em: <http://www6.univali.br/tede/tde_arquivos/9/TDE-2007-03-26T123536Z 185/Publico/Marcia%20Reis%20Felipe.pdf>. Acesso em: 30/07/2008.
-Filisetti, M,C.C.; Lobo, A.R. Fibra alimentar e seu efeito na Biodisponibilidade de Minerais. In: Cozzolino SMF. Biodisponibilidade de micronutrientes. Manole. 2005.
-Food and Nutrition Board, Institute of Medicine. National Academy of Sciences: dietary reference intakes. Washington. DC. National Academy Press. 1997.
-Frank, A.A.; Soares, E.A. Cálcio e Vitamina D: Intervenções nutricionais na osteoporose In: Nutrição no Envelhecer. Atheneu. 2004.
-Fundação de Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo -FUGESP. Alimentação e Qualidade de Vida na Terceira Idade. Disponível em: <http://www.sanavita.com.br/pdf/Material_Medico_Suprinutri_Senior.pdf>. Acesso em: 30/07/2008.
-Gallagher, M.L. Vitaminas. In: Mahan, L.K.; Escott-Stump, S. K. Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 11ª edição. Roca. 2005.
-Harris, N.G. Nutrição no Envelhecimento. In: Mahan, L.K.; Escott-Stump, S. K. Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 11ª edição. Roca. 2005.
-Lanzillotti, H.S.; e colaboradores. Osteoporose em mulheres na pós-menopausa, cálcio dietético e outros fatores de risco. Revista de Nutrição. 2003.
-Leão, L.S.C.S.; Gomes, M.C.R. Manual de nutrição clínica: para atendimento ambulatorial do adulto. 7ªedição. Vozes. 2007.
-Lipschitz, D.A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary Care.Vol. 21.1994.
-Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Ministério da Saúde. 2006.
-Montilla, R.N.G.; e colaboradores. Relação cálcio proteína da dieta de mulheres no climatério. Revista Associação Médica Brasileira. Vol. 50. Núm. 1. 2004.
-Navega, M.T.; Oishi, J. Comparação da qualidade de vida relacionada à saúde entre mulheres na pós-menopausa praticantes de atividade física com e sem osteoporose. Revista Brasileira de Reumatologia. Vol. 47. Núm. 4. p. 258-64. 2007.
-Oliveira, S.L. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de pesquisa, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo. Pioneira. 1997.
-Pinheiro, A.B.V.; e colaboradores. Tabela para Avaliação de Consumo Alimentar em Medidas Caseiras. 5ªedição. Atheneu. 2005.
-Pinto Neto, A.M.; e colaboradores. Consenso brasileiro de Osteoporose 2002. RevistaBrasileira de Reumatologia. Vol. 42. Núm. 6. 2002.
-Silva, A.G.H.; Cozzolino, S.M.F. Cálcio. In: Cozzolino, S.M.F. Biodisponibilidade de micronutrientes. Manole.2005.
-Silva, V.L.; Cozzolino, S.M.F. Minerais e Terceira Idade. In: Cozzolino, S.M.F. Biodisponibilidade de micronutrientes. Manole. 2005.
-Spirduso, W.W. Dimensões físicas do envelhecimento. Manole. 2005.
-Strutzel, B.; e colaboradores. Análise para os fatores de risco para o envelhecimento da pele: Aspectos gerais e nutricionais. Revista Brasileira de Nutrição Clínica. 2007. 3
-Tirapegui, J.; Castro, I.A.; Rossi, L. Biodisponibilidade de Proteínas. In: Cozzolino, S.M.F. Biodisponibilidade de micronutrientes. Manole. 2005.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License BY-NC que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citaçao do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).