Consumo de ômega 3 (n-3) como fator de prevenção de doença cardiovascular
Resumo
Alguns estudos têm demonstrado haver uma associação positiva entre a ingestão de gordura saturada e a prevalência de doenças cardiovasculares, bem como, uma associação negativa com a ingestão de gorduras insaturadas. Esses conhecimentos motivaram uma evolução nas recomendações dos ácidos graxos, visando melhor utilização destes e respeitando-se uma proporção adequada na dieta, a fim de diminuir a prevalência das doenças cardiovasculares. Atualmente, admite-se que as condições e a exposição aos fatores de risco (sedentarismo, sobrepeso, obesidade, tabagismo e doenças do aparelho circulatório) cujaassociação às doenças cardiovasculares (DCV) está suficientemente demonstrada (elevação dos lipídios séricos e suas frações, da glicose e insulina sanguínea, da pressão arterial, os fatores trombogênicos, a obesidade, o tabagismo e a inatividade física, entre outros) tenham um efeito potencializador entre si. Os atributos biológicos, como idade e gênero, não podem ser modificados, porém, outros fatores de risco genéticos que tampouco são modificáveis têm relação com o ambiente. Nos últimos 30 anos, a atenção tem-se voltado cada vez mais sobre a relação da nutrição com as doenças cardiovasculares. A literatura nos mostra que a obesidade foi positivamente associada com o risco de desenvolver DCV, constituindo-se um dos fatores de risco mais significativos, de modo que a perda de peso e a prevenção de ganho de peso têm que ser consideradas uma das estratégias mais importantes para reduzir a incidência de DCV. E tem estreita relação com o tipo de alimentação consumida.
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