Avaliação do consumo de processados e ultraprocessados, prática de atividade física e estado nutricional de crianças atendidas em uma clínica universitária de Vitória-ES
Resumo
O consumo elevado de alimentos processados e ultraprocessados associado à inatividade física são apontados como fatores prejudiciais à saúde por estar associado ao aumento do risco para doenças crônicas. Objetivo: Avaliar o consumo de processados e ultraprocessados, prática de atividade física e estado nutricional de crianças atendidas em uma clínica universitária. Materiais e Métodos: Estudo transversal com amostra de conveniência de 45 crianças de dois a 10 anos, em Vitória-ES. Foram coletadas variáveis antropométricas e sociodemográficas. O excesso de peso foi classificado segundo o IMC para crianças acima de cinco anos (>Escore z+1) e peso por idade para as menores de cinco anos (>Escore z+2). O consumo alimentar foi coletado através do registro alimentar sendo os alimentos classificados em minimamente processados, processados e ultraprocessados. Resultados: A frequência de excesso de peso foi 73,3%, de inatividade física 53,4% e presença de doenças crônicas em 71,1% das crianças. O consumo médio diário foi de 1563,69 kcal sendo 40,8% derivados do G1, 26,1% do G2 e 33,1% do G3. Os alimentos do G1 se destacaram pela alta disponibilidade de nutrientes como proteína (p=0,001), fibra (p=0,001), ferro (p=0,001), zinco (p=0,001) e fósforo (p=0,003). Foi observada relação significativa entre prática de atividade física e maior consumo de in natura e minimamente processados. Conclusão: Ressalta-se a importância de ações para incentivo à prática de atividade física e conhecimento dos alimentos voltadas para as famílias e, principalmente, ao público infantil, visto que é na infância que se formam os hábitos alimentares que repercutirão no comportamento alimentar na vida adulta.
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