Prevalência de fatores de risco cardiometabólico em adultos com obesidade

  • Ricardo Henrique Bim Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
  • Greice Westphal Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
  • Regina Alves Thon Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
  • Igor Alisson Spagnol Pereira Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
  • Mario Moreira Castilho Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
  • Karine Oltramari Secretaria Municipal da Educação, Curitiba-PR, Brasil.
  • Fernando Malentaqui Martins Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
  • Nelson Nardo Júnior Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física-UEM/UEL, Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.
Palavras-chave: Fatores de Risco, Obesidade, Síndrome Metabólica

Resumo

Introdulão: a prevalência de fatores de risco cardiometabólico, especialmente obesidade e dislipidemia, é bastante elevada na população em geral. Objetivo: identificar a presença de fatores de risco cardiometabólico em adultos com obesidade e comparar os í­ndices de acordo com sexo, faixa etária e ní­vel de obesidade. Materiais e Métodos: Participaram 96 adultos com obesidade (23% homens e 77% mulheres), com idades entre 18 a 50 anos (36,6±8,8) e índice de massa corporal (IMC) entre 31,3 a 77,2 kg/m2 (42,5±6,7). Foram avaliados: peso corporal, estatura, IMC, circunferência da cintura (CC), pressão arterial, glicemia em jejum, colesterol HDL e triglicerí­deos (TG). Resultados: Verificou-se que 71,9% da amostra apresentou pelo menos dois FRCM, a sí­ndrome metabólica foi diagnosticada em 35,4% da amostra e a CC correlacionou-se com maiores ní­veis de glicemia e TG, e, menores ní­veis de HDL-c. Os homens demonstraram mais alterações em quase todos os componentes em comparação às mulheres. Idade mais avançada indicou í­ndices de CC mais elevada (p = 0,003), enquanto que o ní­vel mais elevado de obesidade se relacionou com glicemia alterada (p = 0,025) e CC elevada (p = 0,001). Conclusão: A prevalência de fatores de risco cardiometabólico e da sí­ndrome metabólica em adultos com obesidade é alta, e os fatores correlacionam entre si. O tratamento da obesidade pautado na mudança comportamental, com exercí­cio fí­sico e alimentação adequada, pode ser importante para minimizar a presença desses fatores de risco nessa população.

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Publicado
2022-02-07
Como Citar
Bim, R. H., Westphal, G., Thon, R. A., Pereira, I. A. S., Castilho, M. M., Oltramari , K., Martins, F. M., & Nardo Júnior, N. (2022). Prevalência de fatores de risco cardiometabólico em adultos com obesidade. RBONE - Revista Brasileira De Obesidade, Nutrição E Emagrecimento, 14(91), 1270-1282. Recuperado de https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/1486
Seção
Artigos Cientí­ficos - Original