Obesidade não está associada com variáveis odontológicas em idosos: Um estudo transversal de base populacional
Resumo
Introdução e objetivo: Avaliar a associação entre obesidade e variáveis independentes em idosos de uma cidade do sul do Brasil. Materiais e métodos: Esse é um estudo observacional transversal de base domiciliar realizado em 287 idosos com idade entre 65 e 74 anos da cidade de Cruz Alta, Brasil. Exame clínico e questionário estruturado foram aplicados. O diagnóstico de obesidade foi determinado por dois critérios: de acordo com o adotado pela Organização Mundial da Saúde (IMC-OMS) e outro considerando o Índice de massa corporal especificamente dos idosos (IMC-idoso). Análises uni- e multivariadas foram realizadas, utilizando-se regressão de Poisson com variância robusta. Dois modelos multivariados foram construídos, utilizando os dois critérios diagnósticos de obesidade. Resultados: a prevalência de obesidade através do IMC-OMS e IMC-idoso foi de 24,7% e de 49,5%, respectivamente. No modelo multivariado final, não brancos e fumantes apresentaram maiores razões de prevalências (RP) de estarem obesos (RP; IC95: 1,80; 1,22 - 2.66 e 1,77; 1,09 - 2,88, respectivamente), de acordo com o critério IMC-OMS. Por outro lado, de acordo com o critério IMC-idosos, somente a cor da pele apresentou-se associado com obesidade (RP; IC95: 1,28; 1,02 - 1,62). Discussão: Obesidade em idosos pode ser considerada um problema epidêmico de saúde pública no Brasil. O número de dentes presentes pode não estar relacionado com a obesidade em idosos. Conclusões: Alta prevalência de obesidade foi detectada em idosos, a qual está associada com fatores demográficos e comportamentais. Independentemente do critério, idosos não-brancos apresentaram maior obesidade.
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